Com redução da taxa de energia em 2012, indústria se recupera

Informações divulgadas nesta quinta-feira (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que as industriais recuperam seus lucros após a redução da taxa de energia proposta pela presidenta Dilma Rousseff no segundo semestre de 2012. 

De acordo com a CNI, a redução das tarifas de energia elétrica nos investimentos de produção foi um dos fatores. Esse indicador, formado pelos investimentos de produção, de capital de giro e tributário, ficou em 4,1% em 2013, melhorando, portanto, a margem de lucro do setor, informou a CNI.

Por outro lado, a entidade ponderou que as altas da taxa básica de juros, a Selic, contribuíram para o aumento de 0,4% no custo de capital de giro em 2013.

Competitividade em alta

O estudo ainda mostrou outro dado positivo, a competitividade. De acordo com a CNI, além de recuperação parcial da margem de lucro, a competitividade da indústria brasileira evoluiu positivamente no ano passado.

De acordo com a pesquisa, os preços, em reais, dos manufaturados importados pelo Brasil cresceram 9,8%, contra 16,9% em 2012, e dos manufaturados comercializados no mercado norte-americano 10,8% (contra 19,2%). Em ambos os casos, os custos industriais cresceram abaixo da taxa de crescimento dos preços internacionais, diz a CNI.

Projeto de Brasil

Em setembro de 2012, a presidenta Dilma Rousseff fez o anúncio de que as tarifas de energia elétrica iriam 16,2% para os consumidores residenciais e 28% para as indústrias. Segundo ela, essa medida beneficiaria o povo e aumentaria a competitividade do país.

Naquele momento, a mandatária afirmou que que a diminuição para o setor produtivo seria maior porque os investimentos de distribuição da energia seriam menores, já que as indústrias operam em alta tensão.

“Estamos conseguindo, por exemplo, uma marcha inédita de redução constante e vigorosa dos juros, que fez a Selic baixar para cerca de 2% ao ano em termos reais e fez a taxa de juros em longo prazo cair para menos de 1% ao ano, também em termos reais. Isso me alegra, mas confesso que ainda não estou satisfeita. Porque os bancos, as financeiras e de forma muito especial os cartões de crédito podem reduzir ainda mais as taxas cobradas ao consumidor final, diminuindo a níveis civilizados seus ganhos”, destacou a presidenta em 2012.

Da Redação em São Paulo
Com agências