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Unegro sobre Clóvis Moura: "expressão da luta contra a opressão"

"Ao fazer este seminário, nós fazemos justiça à contribuição desse grande pensador, desse grande comunista", afirmou Edson França, presidente da Unegro, ao falar sobre a realização do Seminário Pensamento Radical de Clóvis Moura.

O evento, promovido pela Fundação Maurício Grabois e a Unegro, com apoio da UJS e ANPG e parceria da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Município de São Paulo, ocorrerá no sábado (22), no piso Caio Graco do Centro Cultural São Paulo, na Avenida Vergueiro, e contará com a realização de mesas de debates que começarão às 14 horas, discutindo o impacto de sua obra.

Durante a entrevista, Edson França reforçou que, além de ser um grande militante comunista, Clóvis Moura foi um grande militante do movimento negro no Brasil. "O grande destaque de Clóvis Moura é que ele contou a história a partir dos vencidos, diferentemente do que fizeram os pensadores hegemônicos da elite, que sempre contaram a história pelo ponto de vista dos vencedores", atestou.

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De acordo com o dirigente, "ao longo de sua vida, Clóvis Moura demonstrou que o povo brasileiro nunca concordou com a opressão. E a atitude do povo brasileiro de um modo geral, contra o escravismo e a opressão não uma atitude de rebeldia, foi uma ação política contra a opressão", afirmou.

Para o presidente da Unegro, o pensamento desse intelectual revolucionário é a expressão da luta de classe no movimento negro. "Ele deixou claro em seu pensamento que não superaremos o atual sistema, enquanto não compreendermos a imbricação que o capitalismo possui com o racismo, como ferramenta de dominação".

Rebeliões da Senzala

Também será lançado, na oportunidade, a 4ª edição do seu livro mais famoso, Rebeliões da Senzala. Edson França explicou que "se trata de uma obra seminal, extremamente importante para o entendimento do que foi o escravismo no Brasil".

"Ao relançar esse livro, a Fundação Maurício Grabois dá uma grande contribuição para o embate de ideias no Brasil. Além de não permitir que Clóvis Mouta caia no esquecimento. Nossa meta é reeditar toda a obra de grande pensador", informou o dirigente.

 

 

Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho: