Unegro sobre Clóvis Moura: "expressão da luta contra a opressão"
"Ao fazer este seminário, nós fazemos justiça à contribuição desse grande pensador, desse grande comunista", afirmou Edson França, presidente da Unegro, ao falar sobre a realização do Seminário Pensamento Radical de Clóvis Moura.
Publicado 19/03/2014 15:56 | Editado 13/12/2019 03:30
O evento, promovido pela Fundação Maurício Grabois e a Unegro, com apoio da UJS e ANPG e parceria da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Município de São Paulo, ocorrerá no sábado (22), no piso Caio Graco do Centro Cultural São Paulo, na Avenida Vergueiro, e contará com a realização de mesas de debates que começarão às 14 horas, discutindo o impacto de sua obra.
Durante a entrevista, Edson França reforçou que, além de ser um grande militante comunista, Clóvis Moura foi um grande militante do movimento negro no Brasil. "O grande destaque de Clóvis Moura é que ele contou a história a partir dos vencidos, diferentemente do que fizeram os pensadores hegemônicos da elite, que sempre contaram a história pelo ponto de vista dos vencedores", atestou.
Para o presidente da Unegro, o pensamento desse intelectual revolucionário é a expressão da luta de classe no movimento negro. "Ele deixou claro em seu pensamento que não superaremos o atual sistema, enquanto não compreendermos a imbricação que o capitalismo possui com o racismo, como ferramenta de dominação".
Rebeliões da Senzala
Também será lançado, na oportunidade, a 4ª edição do seu livro mais famoso, Rebeliões da Senzala. Edson França explicou que "se trata de uma obra seminal, extremamente importante para o entendimento do que foi o escravismo no Brasil".
"Ao relançar esse livro, a Fundação Maurício Grabois dá uma grande contribuição para o embate de ideias no Brasil. Além de não permitir que Clóvis Mouta caia no esquecimento. Nossa meta é reeditar toda a obra de grande pensador", informou o dirigente.
Ouça a íntegra da entrevista na Rádio Vermelho: