PCdoB coloriu o centro de São Paulo com as suas bandeiras

Em frente ao Theatro Municipal de São Paulo, ícone do cenário paulistano, cerca de 200 militantes participaram da comemoração dos 92 anos do Partido Comunista do Brasil. Na atividade, que teve caráter de agitação, os comunistas mostraram que a bandeira do socialismo se mantém atual e justa.

Por Ana Flávia Marx

O presidente municipal, Jamil Murad, relembrou que a trajetória do partido sempre foi em torno da paz, da igualdade e de mais direitos para o povo. “Toda vez que o imperialismo ameaça alguma nação com guerra, o PCdoB fica ao lado da paz, pois com a guerra quem perde são os trabalhadores. Ter lado é uma marca dos comunistas”. Além de lembrar o posicionamento da legenda em momentos históricos, Murad conclamou os comunistas para garantir a quarta vitória do povo com reeleição da presidente Dilma Rousseff.

“Comemorar os 92 anos do PCdoB é também lutar no presente para novas vitórias do povo, dos trabalhadores, juventude e mulheres, por isso, que nesses 92 anos, de norte a sul, de leste a oeste, nós vamos comemorar o ano inteiro e peço para que cada companheiro se engaje em uma campanha para que o PCdoB saia vitorioso”, reiterou o presidente municipal.

92 anos de história

A trajetória do PCdoB também foi ressaltada pelo vereador e presidente estadual do PCdoB, Orlando Silva que anunciou que, naquele momento em outras cidades do estado de São Paulo, também ocorria atos públicos para reafirmar a perspectiva da luta pelo socialismo.

“A história do PCdoB se confunde com a luta democrática do Brasil. De 1922 até agora, não houve um momento de luta dos trabalhadores e trabalhadoras, de mobilização em defesa da democracia e do Brasil que não contasse com a presença do PCdoB, com a sua bandeira vermelha, com seus militantes, com amor ao país que marca todos os filiados de seu Partido”, orgulhou-se Orlando.

A agitação pública em torno do aniversário de quase um século de atividade comunista no Brasil teve uma conotação especial, pois é o ano que marca 50 anos do golpe militar no país. O PCdoB dou muitos de seus quadros para a resistência e para a luta democrática brasileira. Nesse período obscuro foi o alvo dos setores que traíram o país.

O partido viveu mais de 60 anos na clandestinidade, portanto, sair às ruas, tremular alto a bandeira com a foice e o martelo e gritar as palavras de ordem foi também um brinde ao processo democrático que o país vive atualmente.

Representante da direção nacional, Walter Sorrentino, reforçou que a ditadura amputou o melhor que tinha a democracia brasileira. “A ditadura vai ser execrada, condenada, não deixou memória, enquanto isso, os 92 anos do Partido Comunista do Brasil são comemorados, com respeito pelos aliados, os democratas e progressistas do país e até dos adversários”.

“Os comunistas se confundem com o melhor que houve na luta dos trabalhadores, luta que continua hoje, porque é preciso alcançar as 40 horas semanais, é preciso relançar um projeto de desenvolvimento que dê base a isso que Dilma Rousseff vem fazendo que é preservar a renda, o emprego, trabalho que é o bem precioso para que o trabalhador e sua família possam progredir”, enalteceu Sorrentino.

Um partido temperado na luta

O presidente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Adilson Araújo, rememorou que no mesmo espaço em que acontecia o ato, em 1922 o Theatro também recebeu, de forma emblemática, os artistas que promoveram a Semana de Arte Moderna que contribuiu com o exercício da ação história do nosso Brasil.

“Um mês depois, nasceu o Partido Comunista do Brasil. Nove jovens trabalhadores tiveram a ousadia e a determinação, a coragem de romper barreiras e fazer valer a importância de construir um marco na luta da resistência, da liberdade, da democracia e da soberania. O PCdoB nasceu para revolucionar o nosso tempo”, falou Adilson Araújo.

A militância jovem também esteve presente e, segundo Carina Vitral, os comunistas ofertam sua principal escola ao Brasil. “O PCdoB tem uma escola do socialismo e de política, a UJS, e é isso que temos que oferecer à juventude para construir uma pátria socialista”, disse a jovem.

A cantora e deputada estadual Leci Brandão demonstrou seu orgulho por fazer parte do partido comunista e declarou que em todos os palcos que passou em defesa das lutas democráticas, sempre viu a bandeira vermelha do PCdoB. “E agora estou aqui lado a lado com vocês e tenho muito orgulho de ser militante desse glorioso Partido”.

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