Fração LGTB do PCdoB debate avanços da luta contra homofobia

Em reunião realizada nesta sexta-feira (4) no Comitê Central do PCdoB, na capital paulsita, a Fração LGTB do partido debateu os rumos do movimento e a necessidade de construir bases teóricas para a luta por mais direitos. Estiveram presentes militantes de 11 estados brasileiros.

Por Mariana Serafini, do Vermelho

Encontro da Fração Lgbt - Mariana Serafini

O encontro pretende debater os posicionamentos do partido com relação à questão Lgbt em diversos âmbitos da sociedade. “Precisamos ter uma base teórica para discutir os posicionamentos do Partido Comunista do Brasil, nós já temos uma postura de defesa e respeito a todas as religiões, da mesma forma que defendemos o Estado Laico, precisamos sair daqui com posições definidas sobre a questão Lgbt”, disse Toni Reis, secretário de Movimentos Sociais no Paraná e ex presidente da Associação Nacional Lgbt.

Toni também fala sobre a questão da família. “Precisamos combater essa informação falsa de que somos contra a família. Pelo contrário, somos tão a favor que inclusive lutamos para ter a nossa família, da nossa forma”.

De acordo com Toni, a ideia é que a Fração possa se tornar uma entidade como é a UJS para a juventude, a UBM para as mulheres, a CTB para os trabalhadores e a Unegro para a luta contra o racismo. Mas ainda é uma proposta a ser debatida entre os membros.

A coordenadora nacional da Fração, a deputada estadual de Santa Catarina, Angela Albino, afirma que o principal desafio é ampliar o debate entre os camaradas comunistas e sistematizar as ideias. “A expectativa é que nessa reunião nós possamos avançar quanto ao pensamento comunista na temática Lgbt e por outro lado também criar mais parâmetros organizativos”.

Para Denilson Pimenta, dos coletivos Lgbt nacionais do PCdoB e da UJS esta reunião é um momento histórico, onde a Fração apresenta as demandas do movimento Lgbt para os camaradas comunistas e debate questões importantes como o posicionamento na luta de ideias durante as eleições que estão por vir. “Nós da UJS, que temos a pretensão de falar com milhões de jovens, temos que mostrar a cara tão alegre que tem esse movimento”.

Ele reafirma a luta da entidade. “A UJS vem combatendo diariamente a homofobia nas escolas, nos espaços da juventude. Fazemos essa luta diária porque temos três grandes tarefas: combater o fundamentalismo, criminalizar a homofobia e construir o socialismo”.