Alice defende 30 horas para enfermagem em debate no Ministério 

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) pediu celeridade na regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais para os profissionais da enfermagem (enfermeiras e enfermeiros, técnicas e técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem) durante reunião entre assessores do Ministério da Saúde e representantes do setor privado e das entidades da categoria, na semana passada. 

Alice defende 30 horas para enfermagem em debate no Ministério

“Falo aqui em nome da bancada do PCdoB na Câmara, que pautou a matéria no Colégio de Líderes como prioritária. Se há absenteísmo é porque há sobrecarga na enfermagem. Se há absenteísmo no setor privado é porque há subsalários”, avalia a parlamentar, para quem está claro que esse esquema de trabalho da enfermagem no Brasil precisa ser mudado.

“O momento é privilegiado, pois temos um governo que senta à mesa e uma categoria absolutamente preparada, condicionada a um método republicano e civilizado de debate. Uma categoria que não trata as 30 horas como salário indireto, mas sim como mecanismo fundamental para melhor assistir”, afirmou Alice.

A deputada defendeu a redução do prazo das negociações para que o projeto de lei seja votado no mês de maio. “Estou há 20 anos no Parlamento e há 20 anos trato desta matéria. Precisamos de algo mais urgente. O presidente da Câmara dos Deputados já se comprometeu em colocar o PL em votação no final de abril ou início de maio”, anunciou a parlamentar.

Segundo Alice Portugal, “a enfermagem leva os hospitais nos ombros. Os médicos têm uma jornada de 20 horas. Seria uma grande iniciativa do nosso governo conseguir mudar esse mecanismo de trabalho. Diante das taxas de lucratividade do setor privado, essa planilha não geraria um percentual abusivo de incremento de gastos para o segmento privado e filantrópico”, ressaltou a deputada.

Na negociação, o Ministério da Saúde pediu um prazo de 45 a 60 dias, onde seriam realizados workshops, para o fechamento da proposta. Os representantes do setor, no entanto, foram contrários à ideia.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Alice Portugal