Senado fará debate sobre humanização do parto
A Procuradora da Mulher do Senado, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) juntamente com a presidenta da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senadora Ana Rita (PT-ES) propuseram a realização de uma audiência pública no próximo dia 28 de maio para debater a humanização do parto no Brasil.
Publicado 11/04/2014 15:06

A audiência, alusiva ao Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Infantil, contará com as presenças do ministro da Saúde, Arthur Chioro; da Ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, do representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Rodolfo Gomes e do médico Dráuzio Varella.
Desde 1996, o Dia Internacional de Ação pela Saúde das Mulheres é pautado pela defesa do pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Essa data foi referendada também pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dia de ação pelos direitos das mulheres.
No Brasil, o Ministério da Saúde definiu o 28 de maio, como o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, e um dos focos é a humanização do parto.
A humanização do parto significa respeito à fisiologia do parto e à mulher. Muitos hospitais e serviços médicos ignoram as regulamentações exigidas pela OMS e Ministério da Saúde, seja por querer todo o controle da situação do parto, por conveniência dos hospitais em desocupar leitos mais rápido ou por comodidade de médicos e mulheres que não querem perder tempo.
Mas a ciência vem comprovando que o excesso de intervenções tecnológicas durante o parto pode não ser tão seguro em partos de baixo risco. E prevê ainda que o acompanhamento familiar deixa a parturiente mais tranquila, tornando o parto mais seguro, que a posição deitada substituiu o parto vertical para melhor controle médico, mas a posição vertical é mais segura tanto para a mamãe quanto para o bebê, além de ser mais rápida.
O parto humanizado aponta ainda para outros procedimentos como a presença do bebê junto à mãe após o parto e no mesmo quarto durante a permanência na maternidade.
Humanizar o parto é dar liberdade às escolhas da mulher, prestar um atendimento focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos. O médico deve mostrar todas as opções que a mulher tem de escolha baseado na história do pré-natal e desenvolvimento fetal e acompanhar essas escolhas, intervindo o menos possível.
De Brasília
Márcia Xavier
Com agências