Congresso da UBM debate democracia e mais poder para as mulheres

Em 24 de fevereiro, data da conquista do voto feminino (há 82 anos), a Executiva Nacional da UBM lançou a convocação de seu 9º Congresso Nacional, com o tema “Mais Democracia, mais Poder para as Mulheres e o Brasil Avançar”.

Nosso Congresso se realiza quando se completam 50 anos do duro golpe militar que tirou vidas de mulheres e homens lutadores de nosso povo, impediu os avanços sociais e estrangulou a democracia.

Nosso 9º Congresso também se realiza nos marcos das eleições gerais no país, debate central realizado pela UBM. E, neste sentido, apontamos novamente a construção de programas avançados que tratem das reformas estruturais, com destaque para a Reforma Política que contemple o atendimento de reivindicações das mulheres da cidade, do campo e da floresta, programa que enfrente o racismo e supere os desafios do controle social de políticas públicas etnicorraciais, da juventude e de orientação sexual, e que enfrentem o capitalismo e o patriarcado.

A nossa luta feminista é transversal e perpassa todas as batalhas e reivindicações levantadas pelo nosso povo. Não será possível superar o capitalismo e construir uma sociedade socialista sem libertar metade da população mundial das opressões materiais, simbólicas e físicas constituídas historicamente.

Neste momento em que ser realiza um grande Evento, o da Copa do Mundo, deve se constituir em uma oportunidade importante para se analisar como o lazer é vivenciado pelas mulheres.
Neste 9º Congresso, além de fortalecer nossa batalha pelos avanços sociais, avaliaremos nossa trajetória e conquistas de um quarto de século, apontando rumos para continuar mudando o Brasil.

As mulheres brasileiras, incorporadas na UBM, reafirmarão o caminho na defesa das políticas públicas de Estado capazes de contribuir para o enfrentamento de todas as formas de violência; para a promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres; para a garantia dos direitos sexuais e direitos reprodutivos; para o combate a todas as formas de racismo, homofobia e intolerância religiosa; para a prevenção, denúncia e punição de crimes de tráfico de mulheres e escravidão sexual; para a promoção da imagem da mulher real pelos mais diferentes meios de comunicação de massa.

Isso demandará muito empenho de cada uma e de todas, a mesma dedicação que construiu nossa entidade emancipacionista ao longo dos últimos 25 anos, no sentido de assegurarmos uma vitorioso 9º. Congresso.

Precisamos colocar nossas energias a serviço da realização de expressivas plenárias, encontros, reuniões, debates das teses e eleição das delegadas para o 9º Congresso Nacional, garantia de seu sucesso, que renovará nossas esperanças para as lutas do próximo período.