Governo turco proíbe comemoração do 1º de Maio na praça Taksim

O Tribunal Constitucional da Turquia emitiu uma decisão, nesta quarta-feira (30), em que proíbe as manifestações para a celebração do Dia dos Trabalhadores na praça Taksim, em Istambul. O local foi palco de protestos massivos no ano passado, em que a violência da repressão tomou a atenção internacional.

Canhão de água Turquia - Kerim Okten / European Pressphoto Agency

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, em reunião com os interessados em fundar sindicatos e organizações públicas, asseverou de forma enérgica que não permitirá manifestações na praça. “Abandonem suas esperanças sobre Taksim. Não embarquem na luta contra o Estado.” Declarou Erdogan na semana passada, de acordo com a emissora HispanTV.

Também referindo às comemorações pelo Dia dos Trabalhadores, o governador de Istambul proibiu a realização das manifestações na praça através de um comunicado.

Sedat Vural, membro do Colégio de Advogados de Ancara, condenou a equipe de Erdogan de violar a lei turca e os direitos dos trabalhadores e solicitou ao Tribunal Constitucional a suspensão a proibição.

Na passada quinta-feira (24), o Tribunal Constitucional da Turquia aprovou uma lei em que proibia a congregação dos trabalhadores do 1º de Maio.

Em 2013, a Turquia foi cenário de protestos massivos e intensos na própria praça Taksim, centro de referência para outras manifestações populares.

O que começou como contestação da destruição de um parque, Gezi, para a construção de um centro comercial e de um monumento sobre o período do Império Otomano tornou-se crítica ao governo de Erdogan, a políticas de retrocesso do secularismo e à repressão estatal.

Da Redação do Vermelho,
Com informações da HispanTV