Gilberto Carvalho rebate críticas em ato organizado pela Força

O secretário-geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, rebateu as críticas feitas por Aécio Neves à presidenta Dilma Rousseff, durante o ato político na festa de 1º de Maio da Força Sindical, em São Paulo. "A presidenta Dilma não vem a São Paulo a cada quatro anos para fazer promessas", disse.

Gilberto Carvalho no ato dos trabalhadores

De acordo com Carvalho, o governo federal tem fortalecido a Petrobras, ação contrária às do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que "queria privatizar" a estatal brasileira de petróleo.

"Vocês sabem quem criou o fator previdenciário? Foi Fernando Henrique Cardoso", disse Carvalho. "Agora eles (tucanos) querem voltar com o senador Aécio Neves. Vêm com promessas para vocês para um governo que eles não terão", disse o secretário-geral da Presidência da República.

Presidenciáveis falaram no ato

O ato político promovido pela Força Sindical transformou-se em palanque da oposição neste 1.º de Maio em São Paulo. Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), opositores do governo Dilma Rousseff, criticaram a presidenta para uma multidão de 1 milhão de trabalhadores, segundo estimativa da central, na Praça Campo de Bagatelle.

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade) radicalizou o discurso, ao falar sobre a Petrobras. Ele disse que Dilma vai parar no presídio da Papuda, em Brasília. Mas, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, saiu em defesa da presidenta e do governo. "Ele (Paulinho) não precisava ofender a presidenta. Os trabalhadores tiveram aumento real de salário nesses últimos anos, 40,9% acima da inflação. O aumento do salário mínimo já está em 78% acima da inflação. Geramos 21 milhões de empregos em 10 anos."

Ao sair do palco, Carvalho disse que não foi ao palanque de Paulinho, mas dos trabalhadores. "Espera aí, esse é o palanque respeitável de milhares e milhares de trabalhadores da Força."

Na saída, o secretário da Presidência apontou para Aécio. "Quem anunciou medidas impopulares é o Aécio."
Fonte: O Estado de S. Paulo