Em Encontro do PT, Rui Falcão ataca Aécio e Eduardo Campos

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, atacou nesta sexta-feira (2) os dois principais pré-candidatos à presidência da República, em discurso à militância do partido no 14° Encontro Nacional, em São Paulo.

“Mudar não é retroceder, não é dar um passo atrás em direção ao passado, a exemplo de um dos adversários de nosso projeto, que ostenta um antigo político como seu padrinho e tutor eleitoral: sim, aquele mesmo que legou ao país uma herança maldita", afirmou, em referência aos constantes discursos do pré-candidato do PSDB à presidência, o senador Aécio Neves (MG), segundo o qual o país “precisa mudar”.

“Agora, como pré-candidato, [Aécio] anuncia medidas ‘impopulares’, como a flexibilização das leis trabalhistas e o fim da lei do salário mínimo que, em 11 anos, garantiu um aumento para os trabalhadores de quase 70% acima da inflação”, continuou. "Que eles, como costumam fazer, não venham depois desdizer o que disseram – nem tenham medo de manter, na campanha, suas desatinadas propostas. Que eles mostrem a cara, pela primeira vez, para que o povo veja o riso frio e cruel que dela emana."

Falcão também não poupou o pré-candidato do PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, a quem acusou de sempre ter andado a reboque do projeto de desenvolvimento do PT, que agora busca distorcer para favorecer os setores privilegiados da sociedade. “Se é preciso repelir o retrocesso, também é fundamental desmascarar os que prometem uma nova política, mas, comprometidos com figuras do passado, projetam-nos um futuro como um salto no escuro, de consequências danosas”, discursou. "Cuidado! Porque misturar tapioca com açaí às vezes pode causar indigestão…", ironizou, em referência ao mote publicitário da chapa do PSB, com o pernambucano Campos na vaga de titular e a acreana Marina Silva como vice.

“Se levada às ultimas consequências, a proposta do ex-governador nordestino de uma inflação anual de 3%, pode provocar uma elevação de até 60% na taxa de desemprego, segundo cálculos de economistas simpáticos à candidatura oposicionista.” Na última quinta-feira (1º/5), Campos disse que a meta de um eventual governo do PSB é chegar ao fim do mandato com a inflação em 3%.

Com Rede Brasil Atual