Novos atentados na Ucrânia deixam um morto e vários feridos

Três helicópteros derrubados, um morto e vários feridos, entre eles um piloto prisioneiro em estado grave, foi o saldo desta sexta-feira (2) com o reinicio da ofensiva ordenada pelos governantes ucranianos contra Slaviansk.

Os milicianos populares reportaram um morto e vários feridos durante os ataques do Exército, forças do Ministério de Interior e da Guarda Nacional conformada por elementos neonazis do bloco Setor Direito e Autodefesa de Maidán.

Arsén Avákov, ministro de Interior destituído nesta quinta-feira (1) da liderança da operação denominada "antiterrorista" pelos governantes de Kiev, informou que foram ocupados nove postos de controle dos milicianos partidários da federalização do país.

“Tropas governamentais apertaram o cerco sobre a cidade”, escreveu Avákov em sua conta de Facebook, ao mesmo tempo em que admitiu a resistência dos milicianos populares apoiados pela população que está contra os governantes de Kiev.

"Os terroristas dispararam contra unidades especiais com armas pesadas, incluído lança-granadas e lança-mísseis portáteis. Um piloto morreu e também há feridos", detalhou o ministro do Governo imposto depois de derrocado o presidente Víktor Yanukóvich.

Os federalistas ocuparam a Promotoria da região de Donetsk, na cidade do mesmo nome, depois de enfrentar policiais e elementos do bloco Setor Direito, com saldo de 26 feridos, dos quais 24 receberam assistência médica no lugar dos acontecimentos.

Representantes da autoproclamada República Popular de Donetsk reiteraram a disposição de trocar três oficiais do Serviço de Segurança da Ucrânia capturados recentemente por ativistas que as forças leais a Kiev detiveram e mantêm presos.

No entanto, a incapacidade dos atuais governantes ucranianos para impor pela força sua política ao resto do país voltou a se evidenciar quando o autoproclamado presidente Alexander Turchínov decretou o serviço militar obrigatório.

Turchínov assinou um decreto estabelecendo que todos os cidadãos aptos estão obrigados a servir nas forças armadas. No meio da crescente crise nacional que surge depois do golpe de Estado de 22 de fevereiro, o mandatário provisório ordenou que o Governo determinasse o número de ucranianos que cumprem os requisitos e avaliasse os custos dessa operação.

De acordo com o texto, para melhorar a capacidade militar do Estado, os homens maiores de 18 anos de idade e livres de problemas de saúde terão que se alistar nas Forças Armadas e em outros grupos militares do país.

A norma prevê convocar aqueles que têm educação superior e já concluíram o programa completo de preparação militar para oficiais da reserva. O chefe de estado informou que o Exército está em alerta máxima.

Fonte: Prensa Latina