Desalento reduz taxa de desemprego nos EUA

A saída de 806 mil pessoas do mercado de trabalho é a principal causa da forte queda na taxa de desemprego nos Estados Unidos em abril, que ficou em 6,3%, o melhor nível desde a quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008. Em março de 2014, a taxa estava em 6,7%.

A percentagem de pessoas na idade ativa (PEA) que estão no mercado de trabalho caiu para 62,8% em abril, o nível mais baixo desde 1978, ante 63,2% no mês anterior. Nos últimos 12 meses, o desalento (pessoas que deixam de procurar emprego por não terem mais esperança) e a aposentadoria precoce reduziram a força de trabalho norte-americana em 1,9 milhão de pessoas.

Foram contratados em abril 288 mil trabalhadores, maior número desde janeiro de 2012; o aumento da quantidade de empregados no setor privado foi de 273 mil no mês passado.

O rendimento médio por hora se manteve em US$ 24,31 em abril face a março; em 12 meses houve alta de 1,9%. Há 7,5 milhões de pessoas em regime de trabalho parcial, seja porque as empresas reduziram suas horas de trabalho, seja porque não encontram emprego em tempo integral.

Na Europa, o número de desempregados na Zona do Euro ficou praticamente estável em março. A taxa ficou em 11,8%, o que significa que 18,9 milhões de pessoas estavam sem emprego nos 18 países que compõem o bloco, apenas 22 mil a menos que em fevereiro. O índice é próximo ao recorde de desemprego na Zona, de 12%, atingido há um ano. Desde dezembro de 2013 a taxa não diminui.

Nos 28 países que integram a União Européia, a taxa de desemprego permaneceu em 10,5%, abaixo, porém, dos 10,9% registrados em março do ano passado. Em toda a UE, são 25,7 milhões de pessoas à procura de trabalho.

As menores taxas foram registradas na Áustria e na Alemanha (4,9% e 5,1%, respectivamente); a maior, na Espanha (25,3%). Destaques foram o aumento na Holanda (de 6,4% para 7,2% em um ano) e Itália (12% para 12,7%).

Fonte: Monitor Mercantil