Em artigo, Sarney menospreza atentados a ônibus em São Luís

Segundo ele, cinco ônibus seriam queimados “por dia” em São Paulo, para “criar escândalo mundial” com ônibus queimado em São Luís. Uma garota foi morta em janeiro em São Luís em um dos ataques a ônibus

 No artigo semanal que mantém em seu próprio jornal, José Sarney voltou a criticar os números sobre desigualdade social no Maranhão. O ex-governador maranhense tentou justificar as críticas que fez em artigo da última semana ao Ipea e IBGE, institutos ligados ao governo federal. Sarney havia dito que as pesquisas dos dois institutos são “fraudadas”. A revista Veja o ironizou afirmando que “Sarney é daqueles que xinga o carteiro portador da notícia ruim”.

No artigo desta semana, Sarney volta a criticar os institutos de pesquisa do governo federal e seu “manuseio” dos dados. Também criticou seu críticos afirmando que “chegaram ao máximo de esquecer os cinco ônibus que queimam por dia em São Paulo, para criar um escândalo mundial com o incêndio de dois no Maranhão”.

No início deste ano, a garota Ana Clara, de 6 anos, morreu em um dos ataques a ônibus citados pelo senador. Márcio Nunes, de 37 anos, foi aclamado pela imprensa nacional como “herói”, por ter entrado no ônibus para resgatar a garota, que acabou não sobrevivendo.