Cepal ressalta o papel da integração no desenvolvimento da AL

O comércio é um componente básico para que a América Latina e o Caribe cresçam com igualdade. Esse é o entendimento da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), de acordo com o documento Integração Regional: por uma Estratégia de Cadeias de Valor Inclusivas, divulgado na quarta-feria (7), na 35ª sessão da organização, em Lima, no Peru. 

A Cepal avalia que os países latino-americanos e caribenhos têm que avançar na integração regional, articulando suas cadeias produtivas de modo que possam se desenvolver de forma sustentável.

Especificamente, o organismo propõe políticas para a criação de cadeias de valor regionais e sub-regionais que impulsionem o intercâmbio de manufaturas, o comércio intraindustrial, a internacionalização de pequenas e médias empresas e o aumento do número de empresas exportadoras, assim como de bens exportados. Outras áreas em que a Cepal entende que deve haver integração são a financeira, digital, social, ambiental, de infraestrutura e em ciência, tecnologia e inovação.

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Dessa forma, a organização acredita que a região poderá reduzir a dependência em relação a outros países e a vulnerabilidade a ciclos externos. Para isso, recomenda a necessidade de diversificação produtiva e o estabelecimento de marcos normativos comuns, que estimulem a articulação das empresas de países vizinhos.

Na última terça-feira(6), na abertura da reunião, o presidente do Peru, Ollanta Humala, falou sobre a necessidade de a economia dos países da região crescerem com distribuição de renda e de forma inclusiva. “Temos confundido pobreza com desigualdade e temos atacado a pobreza sem construir uma política social que nos ajude a atacar a desigualdade”, disse Humala.

No encontro da Cepal, que vai até a próxima sexta-feira (9), o objetivo é elaborar uma série de pactos de desenvolvimento para facilitar o combate das assimetrias na região e consolidar o crescimento econômico. Entre os problemas apontados estão as altas taxas de informalidade no mercado de trabalho, os baixos níveis de investimento com transferência de tecnologia, o déficit de serviços públicos e a pressão sobre o meio ambiente.

Fonte: Agência Brasil