Guiné-Bissau: Segundo turno das eleições é declardo "livre e credível"

O chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Econômica e Monetária Oeste-Africana (Uemoa) considerou, nesta segunda-feira (19), que a segunda rodada das eleições presidenciais realizadas no domingo (18), em Guiné-Bissau, foram livres, transparentes e credíveis.

Guiné-Bissau - Leral.net

Em sua declaração preliminar sobre o sufrágio do segundo turno, Lancina Dosso destacou a importância deste ato pela forma ordeira como os eleitores guineenses afluíram às urnas. Em relação ao processo de votação, Dosso disse que as urnas abriram e fecharam às horas previstas pela lei eleitoral, tendo felicitado o povo guineense.

A missão composta por representantes de sete dos oito países membros da organização percorreu todas as regiões do país, onde manteve encontros com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e com as autoridades de transição.

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À classe política e aos candidatos, Lancina Dosso lançou um apelo ao respeito pela vontade popular manifestada através das urnas em clima da paz e de segurança.

De acordo com dados divulgados pela imprensa internacional, José Mário Vaz, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) segue à frente nas preferências dos eleitores, tendo triplicado o seu resultado face ao seu opositor, o independente Nuno Nabian, em certas zonas da capital.

Segundo os resultados preliminares das eleições, José Mário Vaz está à frente em quase todas as assembleias de voto em Bissau.

O PAIGC, vencedor das eleições legislativas de abril, denunciou, no domingo, uma alegada tentativa de "forjar os resultados" do segundo turno das presidenciais. O comunicado com a denúncia foi lido por Domingos Simões Pereira, líder do partido e futuro primeiro-ministro guineense, em uma coletiva de imprensa na sede do PAIGC em Bissau.

"Há rumores de uma intenção deliberada em limitar a circulação das pessoas através de uma espécie de recolher obrigatório não decretado e, assim, facilitar intenções obscuras a favor de forjar resultados e alterar as escolhas feitas pelo povo", afirmou o presidente do PAIGC.

Domingos Simões Pereira explicou que, "nas últimas horas" e em vários pontos do país, tem havido relatos de intimidação, ameaça, perseguição e agressões aos dirigentes do partido que lidera.

Com informações de portais de notícias da Guiné-Bissau