Senado lança campanha pela libertação de meninas nigerianas 

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que está à frente da Procuradoria da Mulher do Senado, lançou nesta terça-feira (20) a campanha “#Devolvam nossas meninas” em favor da libertação de mais de 200 estudantes nigerianas sequestradas no país africano há mais de um mês. Vanessa destacou que a campanha não representa apoio a qualquer iniciativa de intervenção militar no país pelos países do Ocidente.

Senado lança campanha pela libertação de meninas nigerianas - Agência Senado

Vanessa manifestou solidariedade às famílias das vítimas em discurso no Plenário. A procuradora da mulher demonstrou preocupação com a situação das estudantes, tendo em vista que há relatos de que meninas estão sendo submetidas a até 15 estupros diários. Segundo porta-voz do grupo Boko Haram, responsável pelo sequestro, as jovens foram convertidas ao islã e somente serão liberadas se o governo libertar militantes presos.

“Infelizmente, a violência contra as mulheres é um mal que se alastra pelo mundo. É inaceitável essa situação. A Procuradoria da Mulher do Senado está engajada nessa campanha. Quero reforçar nossa posição em defesa da libertação das meninas nigerianas”, afirmou Vanessa, que recebeu a visita de especialistas da ONU Mulher, para fazer foto com cartaz onde está escrita a frase da campanha.

Pelo menos 16 senadores já aderiram à campanha, anunciou a senadora, acrescentando que são aguardadas novas adesões. Um álbum de fotos com senadores simpáticos à causa será criado no Facebook da Procuradoria. Nos próximos dias, parlamentares e políticos que aderirem à campanha terão sua foto adicionada.

Sem intromissão

A senadora fez questão de destacar que a campanha não representa nenhuma intromissão nas questões internas do país. “Não podemos nos intrometer em assunto interno de qualquer país e a pretexto de defender direitos humanos invadir os países”, explicou, criticando qualquer tentativa de países do Ocidente se valerem do episódio para invadirem militarmente a Nigéria.

“Trata-se de campanha muito importante porque o conflito não pode usar as meninas. Fomos procurados pela ONU Mulheres, que é um organismo internacional importante, que está envolvido, como nós, na questão de gênero e tem nos dado muitas contribuições nessa luta”, afirmou a senadora, insistindo em dizer que “de nossa parte, não queremos reforçar qualquer iniciativa de intervenção militar no país.”

De Brasília
Márcia Xavier
Com Agência Senado