PCdoB divulga nota de solidariedade à deputada Alice Portugal  

A Liderança do PCdoB na Câmara divulgou nota oficial manifestando solidariedade à deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), que sofreu agressões do secretário-geral da Mesa por discursar contra a interrupção abrupta da Sessão Solene de homenagem aos 90 anos da Coluna Prestes, na terça-feira (20). A nota diz ainda que “a interrupção abrupta da sessão solene foi um desrespeito também aos familiares, intelectuais e estudantes presentes e à história do país.” 

Leia a íntegra da nota:

A Bancada do Partido Comunista do Brasil da Câmara manifesta sua solidariedade à deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), após agressões do secretário-geral da Mesa. Entendemos que a atitude coloca sob suspeição a conduta da Mesa, sugere a ocorrência de orientação política para tal ato e compromete a imparcialidade na direção dos trabalhos. Exigimos punição para este tipo de comportamento.

Lamentamos a quebra da institucionalidade parlamentar. O regimento foi rasgado. A tribuna é um espaço inviolável. Lugar de opinião de quem, a partir do voto popular, tem o direito de expressar suas ideias e seu compromisso com o povo. Esse direito garantido pelo voto foi rompido de forma desrespeitosa.

A interrupção abrupta da sessão solene foi um desrespeito também aos familiares, intelectuais e estudantes presentes e à história do país. O ato sugere que houve uma orientação política de integrantes da Mesa para interromper a qualquer custo a sessão de homenagem a Coluna Prestes. A sessão solene foi requerida em 5 de fevereiro de 2014, quando ainda não havia indício de qualquer sessão no mesmo horário da solenidade.

O cerceamento da manifestação da deputada é um grave atentado a uma mulher. Houve uma inversão de valores, uma agressão machista e ao direito de opinião, ao desrespeito hierárquico e o empoderamento político parcial de um funcionário da casa a partir da oposição em função de um objeto político.

Não aceitamos esse tipo de atitude, antidemocrática, ilegal e preconceituosa! Exigimos respeito e punição doa a quem doer. Atos como este são inaceitáveis e não podem se repetir, sob pena de tornar lugar comum a quebra do estado democrático de direito.

Jandira Feghali
Líder do PCdoB na Câmara

Da Redação em Brasília