China ajuda a melhorar o bem-estar dos moçambicanos

Um número crescente de empresas chinesas tem trabalhado em Moçambique, país ao sul da África, para buscar um desenvolvimento mais amplo nos últimos anos, onde o investimento destas empresas estimula o desenvolvimento agrícola local, bem como o emprego, ajudando a melhorar a qualidade de vida moçambicana.

Os últimos dez anos têm registrado um forte desempenho econômico da África sub-saariana, uma região que continua sofrendo com a prevalência da desnutrição, de acordo com o último relatório da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas.

Além disso, o Banco Africano de Desenvolvimento apontou também que os jovens respondem por 60% da população desempregada da África.

Moçambique enfrenta os mesmos problemas, com uma carência anual de 300 mil toneladas de grãos frente à necessidade da população do país, e uma alta taxa de desemprego de 27%.

No entanto, a chegada de empresas chinesas com tecnologias agrícolas e experiências avançadas ajudou a fazer uma mudança.

A cooperação agrícola entre a China e a África aprofundou-se com o estabelecimento do Fundo de Desenvolvimento China-África e a criação de alguns centros de demonstração de tecnologia agrícola, trazendo mais investimentos e projetos, tecnologias agrícolas modernas e mais experiência para o continente.

A companhia de desenvolvimento de algodão China-África é um desses projetos. Até agora, a empresa ampliou seu negócio do cultivo, processamento, venda e refino de óleo de algodão para Malawi, Zâmbia, Moçambique e Zimbábue, beneficiando centenas de milhares de pessoas nestes quatro países africanos.

Sérgio Chichava, pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Econômicos de Moçambique, disse à Xinhua que a empresa comprou algodão dos agricultores locais nas províncias moçambicanas de Inhambane, Manica e Sofala, ajudando a contribuir com a renda familiar local e a melhoria da qualidade de vida dos agricultores.

Com uma fábrica de processamento na segunda maior cidade de Moçambique, Beira, a empresa também ajuda a oferecer mais oportunidades de emprego para os moradores locais, acrescentou.

Nelson Mangate é um dos técnicos moçambicanos a trabalhar para a companhia agrícola de Wanbao, na província de Gaza, sul do país, e que se formou no ano passado na melhor universidade em Moçambique, a Universidade Eduardo Mondlane.

"A caça de trabalho é difícil, muito difícil", disse à Xinhua na fazenda da empresa. "Eu gosto da oportunidade de trabalho oferecida pela empresa, e vou apreender e aproveitar essa experiência para começar meu próprio negócio um dia."

Fonte: Xinhua