No “Roda Viva”, Eduardo Campos volta a fazer duros ataques a Dilma

O pré-candidato da coligação PSB-Rede-PPS à Presidência da República, Eduardo Campos, continua dedicando a maior parte do seu tempo e o pior do seu discurso de recém-convertido ao conservadorismo à tentativa de desqualificação da presidenta Dilma Rousseff, apesar de ter esboçado há duas semanas uma nova tática eleitoral de demarcação com o pré-candidato tucano, Aécio Neves.

Em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, nesta segunda-feira (26), o ex-governador de Pernambuco voltou a atacar a mandatária: “Quem era a mãe do PAC se tornou a madrinha da inflação, do baixo crescimento, do que está acontecendo na Petrobras". Enveredando pelo pantanoso terreno da mentira, Campos disparou: “Dilma não enfrentou os malfeitos. Teve oportunidade de corrigir os erros e não fez isso”, ignorando deliberadamente que foi exatamente durante o mandato da presidenta Dilma Rousseff que os órgãos de fiscalização, controle e combate à corrupção foram mais ativos e eficazes.

Sem um programa político capaz de galvanizar os profundos anseios do povo brasileiro e sem a capacidade de articulação da presidenta Dilma, cujo governo promove avanços democráticos e sociais incontestáveis, o político pernambucano, ao falar de seu projeto de governo, afirmou que irá combater o fisiologismo cortando à metade o número de ministérios e algumas figuras tradicionais do Congresso: "Vamos ter o apoio da sociedade para tirar do Congresso algumas figuras que precisam ir para a aposentadoria. As outras a gente precisa ter a coragem de colocar na oposição".

Mais uma vez fala mais alto a experiência. Na falta de ideias mobilizadoras, os políticos tradicionais das classes dominantes resvalam para o terreno da mais vulgar demagogia moralista.

Da Redação do Vermelho