Abertura da 3ª Bienal da Bahia teve atabaques e música lírica

Ao som de atabaques, música lírica e em meio a um irreverente cortejo formado por pessoas totalmente despidas, a 3ª Bienal da Bahia foi oficialmente aberta na noite da última quinta-feira (29/5), no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) em Salvador. A partir de agora, e durante 100 dias, a capital baiana e dez cidades do interior terão mostras, performances, cursos, oficinas e criações misturando as artes visuais com diversas outras linguagens artísticas, como música, teatro, dança e cinema.

“A Bienal é um evento emblemático da Bahia e representa a vitória da liberdade de expressão, da liberdade cultural. Estamos muito gratos ao trabalho desenvolvido pelo curador geral Marcelo Rezende”, disse Romulo Cravo, representante da Secretaria da Cultura da Bahia.

A noite de abertura começou com uma apresentação em frente ao mar da cantora lírica Inaicyra Falcão, filha do Mestre Didi, acompanhada de 33 alabês. Logo em seguida, abriu-se o casarão do MAM para o início da exposição No Litoral é Assim, que reúne 14 nomes de importância nacional e internacional, entre os quais Yoko Ono e a arquiteta italiana Lina Bo Bardi. A mostra continuará até o dia 7 de setembro, embora deslocando-se para quatro cidades do interior da Bahia.

O grande ‘frisson’ da noite de abertura, porém, foi provocado pelo cortejo Homens Invisíveis, uma performance da artista portuguesa Luisa Mota, integrada por cerca de 80 pessoas recrutadas pela internet. Conhecida por suas apresentações em Londres e Porto (Portugal), entre outras cidades europeias, a artista cumpriu o trajeto do MAM (Avenida Contorno) até o Passeio Público (Campo Grande), levando às ruas homens e mulheres totalmente despidas ou vestidas com um material utilizado pela Nasa.

A programação da 3ª Bienal da Bahia tem seguimento nesta sexta-feira (30), com a ‘ocupação artística’ de uma fazenda no distrito de Maria Quitéria (Feira de Santana), pelo artista plástico Juracy Dórea. No sábado (31), um dos grandes destaques é a abertura da mostra Reencenação, que revisita as duas bienais anteriores, tendo como espaço o Mosteiro de São Bento.

Fonte: Secom-BA