Exército ucraniano usa munição proibida

As forças regulares ucranianas usam munições de alto calibre em bombardeios massivos contra setores residenciais no sudeste do país, apesar de proibidas por convenções internacionais, denunciou nesta sexta-feira (30) um dos líderes populares na região de Donetsk.

Alexander Borodai

O premiê nomeado da recém proclamada República Popular de Donetsk, Alexander Borodai, declarou em coletiva de imprensa que o Exército utiliza em operação de castigo balas explosivas que estão proibidas pelas convenções internacionais, sobretudo em relação a civis.

As forças armadas ucranianas usam mercenários nos combates e recorrem a métodos sujos, sublinhou um dos dirigentes da resistência no território do Donbass.

As unidades foram completadas em sua maioria por combatentes da organização fascista Setor Direito e indivíduos armados ucranianos que integraram, em troca de pagamento, grupos de opositores radicais sírios.

Afirmou que as milícias e o exército unido de Donbass planejam recuperar em breve o aeroporto internacional de Donetsk, tomado essa semana pelas unidades regulares enviadas por Kiev, depois de enfrentamentos violentos durante vários dias, com saldo de quase 60 milicianos mortos e cerca de 200 vítimas entre a população civil.

Segundo Borodai, por esse terminal chegam reforços militares, combatentes da Guarda Nacional e do Setor Direito, que participam como estruturas repressivas da operação de castigo contra as regiões rebeldes, cuja fase ativa Kiev começou em meados de abril.

Denunciou também que diariamente dezenas de civis morrem como alvo dos francoatiradores localizados no território do aeroporto. É muito difícil contabilizar a cifra exata de mortos pela impossibilidade chegar às proximidades, explicou.

O quartel das milícias populares em Lugansk confirmou combates desde ontem à noite na localidade de Alexandrovsk e a tomada de uma unidade militar.

De acordo com noticiários, os confrontos não tiveram vítimas fatais, enquanto que as autodefesas capturaram cerca de 20 oficiais e soldados ucranianos.

Em uma declaração para jornalistas, o líder da República Popular de Lugansk, Valeri Bolotov, comentou que diferente da junta de Kiev "não disparamos pelas costas, não humilhamos os prisioneiros nem os enterramos em buracos pelados e famintos".

Reiteramos que não somos selvagens, sádicos nem monstros, diferente dos que enviam praticamente crianças a esta guerra fratricida e obrigam os soldados a dispararem não só contra nossos combatentes, mas a civis pacíficos, sublinhou Bolotov.

Entretanto, o exército ucraniano continuo nesta sexta-feira com os bombardeios massivos sobre populações de Slavyansk, no norte da região de Donetks, confirmaram canais de televisão.

De acordo com as milícias e testemunhas entre a população, os canhões e metralhadoras têm sido os mais potentes em todo o período da operação militar no oriente do país e do cerco a esta cidade.

Foram reportados de maneira preliminar mais de 20 mortos civis e quse 30 feridos, indicou uma reportagem do Primeiro canal da televisão russa.

Fonte: Prensa Latina