Fitmetal realiza seu primeiro congresso

A Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil iniciou nesta sexta-feira (30) o 1° Congresso Fitmetal, com o tema “Valorizar o trabalho para avançar o Brasil”.
Marcelino da Rocha, presidente da Fitmetal, Eremi Melo, secretária de formação da Fitmetal, Igor Thiago Pereiraa, secretário de finanças da Fitmetal compuseram a mesa.

Congresso - Divulgação

“O mais importante da realização desse Congresso são as consequências, os debates e as conclusões daqui tiradas”, afirmou Marcelino. “É muito bom ver que, desde a fundação da Fitmetal, em 1° de junho de 2010, incluímos tantas bases de representação, simbolizadas pelos companheiros aqui presentes”, comemorou.

Estiveram presentes no evento 36 entidades sindicais de 9 estados brasileiros: Maranhão, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe, Pernambuco, Amazonas,

Após a leitura do regimento, executou-se o Hino Nacional Brasileiro.

José Reinaldo Carvalho, secretário nacional de comunicação do PCdoB, fez uma análise da conjuntura brasileira. Para ele, o balanço dos governos Lula e Dilma é positivo, porém, há uma lacuna que ainda precisa ser preenchida – são as reformas estruturais.

“O Brasil encontra-se em uma encruzilhada: ou dá um passo para fazer essas reformas ou retrocede e volta a ser submisso ao capital financeiro, à burguesia, que quer nosso país regressivo, para voltarmos a viver na dependência do neoliberalismo e do conservadorismo”, afirmou.

As reformas a que se refere são em favor da democracia, como uma reforma política, para ampliar a voz das forças progressistas e democratizar o poder político no país, a reforma da mídia, para acabar com o monopólio, reforma urbana, pois as cidades como estão hoje estão se tornando cada vez mais insuportáveis de se viver, reforma tributária, que promova maior distribuição de renda entre as classes e regiões, reforma agrária, anti-latifundiária, que democratize uso da terra e a universalização dos direitos resguardados pela Constituição Federal.

Lembrar para não repetir

Augusto Buonicore, historiador, mestre em Ciência Política pela Unicamp e secretário-geral da Fundação Maurício Grabois, participou do Congresso com a palestra “O trabalhador e o golpe militar”.

Ele falou sobre a luta pela hegemonia presente na história humana, o qual, em última instância, se dá pela luta pela memória, pois a história é o espaço no qual grupos sociais se enfrentam para decidir qual deles dirigirá os rumos da nação e mesmo do planeta.

Por isso, as classes dominantes sempre procurariam reconstruir o passado para, no presente, justificar sua própria dominação.

E defendeu que, somente tendo a consciência de que a história é um espaço de luta de classes, os trabalhadores poderão se dedicar com mais afinco ao seu estudo e elaboração. O domínio da história e da dinâmica das sociedades em que vivem – como das experiências de resistência desenvolvidas por seus antepassados- os ajudará travar, de maneira mais consequente, as lutas do presente, avançando rumo ao socialismo.

Em seguida, a Fitmetal prestou uma homenagem a companheiros e instituições que militaram na luta contra a ditadura militar e pela democratização do Brasil. São eles:

• José João Ribeiro
• José Vicente
• José Vieira
• Maurício Ramos
• Renato Artur
• João Batista Lemos
• Joel Batista
• José Avelino Pereira
• Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro
• Sindicato dos Metalúrgico do Estado da Bahia
• Sebastião Pereira da Silva
• Roque Assunção da Cruz
• Renildo Souza
• Leonor Souza Poço
• Irma Batistuzzo de Toledo
• Moacir Paulino
• Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM
• Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM
• Pedro Machado Alves
• Werner Diehl
• Pedro Arlindo Pozenat