Projeto “Cinemas em Rede” exibe filme de Mário Peixoto

O longa-metragem silencioso e de ficção, foi restaurado pela Cinemateca Brasileira em parceria com a World Cinema Foundation e o laboratório Immagine Ritovata. O clássico retrata um tema, uma situação e três histórias. O tema, a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação, um barco perdido no oceano com três náufragos – um homem e duas mulheres. As três histórias são contadas mutuamente pelos personagens e a tragédia cósmica se passa no barco, pois para ele convergem as histórias.

Dirigido por Mário Peixoto, o filme foi produzido em um momento de transição do cinema mudo para o sonoro, apresentando inovações para a época nas áreas de fotografia, montagem e narrativa, não linear. Logo após seu lançamento, o filme foi logo retirado de cartaz pelo próprio autor, em decorrência da reação desfavorável da plateia. Entretanto, o filme teria sido exibido numa sessão particular em Londres e elogiado por Eisenstein, um dos mais importantes cineastas soviéticos. Depois disso, o filme foi exibido apenas em projeções clandestinas.

Em oito de novembro de 2007, o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco nominou o filme Limite, apresentado pela Cinemateca Brasileira e a Secretaria do Audiovisual/MinC, como patrimônio nacional brasileiro protegido em benefício da humanidade.

O "Cinemas em Rede" é um projeto inovador de compartilhamento e difusão de conteúdos audiovisuais, pela internet de alta capacidade, via CiPê, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa- RNP em parceria com os Ministérios da Cultura (MinC) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Uma das possibilidades do projeto é compartilhar conteúdos, mostras e ciclos em tempo real entre pontos de cinema.

Exibições

O filme será compartilhado em quatro instituições: a UFRGS (Sala Redenção – Cinema Universitário), no Rio Grande do Sul; USP (Cinusp e Escola de Comunicação e Artes-ECA), em São Paulo; UFBA (SaladeArte Cinema da UFBA), em Salvador e a Fundação Joaquim Nabuco – Fundaj, em Recife.

Fonte: Ascom / MinC