“Não haverá Cúpula das Américas sem Cuba”, diz chanceler equatoriano

O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, assegurou na quarta-feira que não haverá Cúpula das Américas, no Panamá, em 2015, sem Cuba, uma participação que também não poderá ser objeto de restrição alguma.

Durante uma coletiva de imprensa, o chanceler afirmou que sobre o assunto existe um consenso regional evidenciado na reunião da União de Nações Sul-americanas (Unasul) celebrada nas equatorianas ilhas Galápagos, e na Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizada no Paraguai.

"Não haverá exclusões nesta Cúpula das Américas, e me refiro particularmente ao caso de Cuba, como também não estamos de acordo com que se imponham limitações ou condicionamentos à sua presença", expressou.

Patiño deixou claro que não se trata de uma postura equatoriana, mas de uma posição de toda a região, e que o tema já foi conversado com as autoridades do Panamá, tanto o governo que sai como o que entra.

Recentemente, o presidente equatoriano, Rafael Correa, ratificou que seu país não participará da Cúpula do Panamá se Cuba não estiver, tal como sucedeu no passado conclave celebrado na cidade colombiana de Cartagena.

"É inadmissível uma Cúpula das Américas sem Cuba, como era inadmissível uma Organização dos Estados Americanos sem Cuba, e isso não a América Latina não pode tolerar", assegurou o mandatário.

Na reunião de 2013, o Equador não esteve presente precisamente por desaprovar a ausência do país caribenho.

"Por definição, não se pode denominar Cúpula das Américas uma reunião da qual um país americano é intencional e injustificadamente relegado", escreveu naquela ocasião.

Após refletir detidamente, agregou: "Decidi que, enquanto seja presidente da República do Equador, não voltarei a assistir a nenhuma Cúpula das Américas, até que se tomem as decisões que a Pátria Grande nos exige".

Prensa Latina