Campo de concentração em Guantânamo custa US$ 5 bilhões

Estados Unidos gastou mais de US$ 5 bilhões no campo de concetração da base naval de Guantânamo, no leste de Cuba, durante pouco mais de uma década, assinala um artigo do diário USA Today publicado neste domingo (22).

Prisioneiros encapuzados em Guantânamo

Desde o ano 2002, a Casa Branca mantém um centro de detenção nessa instalação militar ilegalmente localizada em território cubano, contra a vontade do povo e do governo da nação caribenha.

Para o ano fiscal 2015, o Pentágono tem previsto um orçamento de US$ 149 milhões adicionais para as operações nessa prisão onde permanecem ao redor de 150 detentos e serão atribuídas outras partidas adicionais dos fundos para missões bélicas em ultramar, agrega o diário.

Ao redor de 780 detentos foram transferidos a outros países, o que inclui os cinco talibãs recém trocados pelo sargento estadunidense Bowe Bergdhal, retido pelos guerrilheiros afegãos desde 2009, outros seis enfrentam julgamentos ante cortes marciais e oito já foram sentenciados.

O Promotor Geral Eric Holder disse que poderá submeter a julgamento os detentos nas cortes federais, mas a forma em que estão construídas as prisões e os locais dos julgamentos na base naval de Guantânamo sugere que esse centro será permanente, acrescenta o USA Today.

Em 2009, depois de assumir seu primeiro mandato, o presidente Barack Obama assinou uma ordem executiva para fechar a prisão de Guantânamo em menos de um ano, mas o campo de concentração permanece funcional.

Existem numerosas denúncias sobre o emprego de técnicas cruéis nessa instalação como a privação do sono, manter os prisioneiros nus em áreas com baixas temperaturas e interrogatórios extenuantes.

Fonte: Agência Prensa Latina