Rússia defende cessar-fogo na Ucrânia

O chanceler russo, Serguei Lavrov, voltou a defender na segunda-feira (23) a necessidade de um cessar-fogo consistente no sudeste da Ucrânia como premissa essencial para o começo de um processo negociador entre todas as partes em conflito.

Lavrov - Reuters / Sergey Karpukhin

Durante uma conversa por telefone com o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steimeier, Lavrov enfatizou a necessidade nesta etapa de cessar as hostilidades como uma condição essencial para a abertura do diálogo entre as autoridades de Kíev e os representantes de setores da oposição no sudeste do país, destaca uma nota da Chancelaria.

Lavrov e Steimeier apreciaram o papel da mediação da Organização para a Segurança e Cooperação em Europa (OSCE) na construção de uma confiança entre as partes em conflito, e abordaram as questões relacionadas com as disputas entre a Rússia e a Ucrânia sobre o gás.

O presidente ucraniano, Piotr Poroshenko, decretou na última sexta-feira (20) um cessar fogo provisório por uma semana, considerado por Moscou como um ultimato de rendição para as milícias populares.

As ações militares, no entanto, não cessaram por parte das forças regulares e os comandos da Guarda Nacional desde que a trégua entrou em vigor no último sábado (21) nas regiões de Donetsk e Lugansk.

O presidente russo, Vladimir Putin, chamou Kíev a cumprir realmente o plano de paz como um importante passo no processo de negociação nesse país.

Putin lamentou que se constata a continuidade das operações de combate no sudeste ucraniano, identificadas por um monitoramento russo da situação.

O Canal 1 da televisão russa mostrou no domingo (22) vários vídeos sobre um ataque com fogo de artilharia em direção a Lugansk.

A titular do Conselho da Federação (Senado) da Rússia, Valentina Matvienko, disse que um plano de paz para a solução da crise ucraniana significa o entendimento sobre a necessidade de decisões pacíficas, diplomáticas e negociadas.

Em sua opinião, no entanto, não pode ser dado um passo adiante e dois atrás, “se anunciamos um plano de paz, devemos dedicar o máximo de esforços para realizá-lo”, enfatizou a senadora russa.

Prensa Latina