Argentina e Suíça já estão em SP para as oitavas de final

Contraste entre favoritos e azarões pode ser medido pelo forte aparato de segurança e grande número de torcedores que prestigiou a chegada de Messi e companheiros.

Miguel Oviedo e os irmãos Pablo e Diego

O contraste entre a favorita Argentina e o azarão Suíça, que medem forças nas oitavas de final da Copa do Mundo, pode ser medido pela badalação da primeira em contraste com a discrição da segunda na chegada a São Paulo, neste domingo. As equipes medem força nesta terça, na Arena Corinthians.

As duas seleções estão hospedadas em hotéis da zona sul da capital paulista, que ficam a uma distância de cerca de 2 km um do outro. Os jogadores suíços desembarcaram do ônibus praticamente anônimos, sem a presença de quase nenhum torcedor, apenas curiosos. Já os argentinos foram aplaudidos por umas cem pessoas. Outros cem agentes trabalharam na escolta da delegação, entre Exército, PMs e Polícia Federal. Houve fechamento da rua do hotel, com presença ostensiva de carros da polícia militar, agentes armados e batedores acompanhando o ônibus da delegação.

“Brasil, diga-me como é/ Ter em casa seu papai/ Te juro ainda que passem os anos/ Nunca vamos nos esquecer/ Que Diego [Maradona] te driblou/ Que Cani [Caniggia] te deixou vacinado/ Que estás chorando desde a Itália até hoje/ Vocês vão ver o Messi, a Copa nos trazer/ E Maradona é melhor do que Pelé”, entoavam os animados torcedores, na noite fria de São Paulo. O cântico, o preferido dos argentinos nas arquibancadas da Copa, foi criado especialmente para o Mundial do Brasil.

Pela janela

Para a frustração de todos, o ônibus passou direto pela torcida. O time argentino chegou ao hotel por volta das 21 horas. Os jogadores seguiram direto para a recepção. “Consegui ver alguns jogadores pela janela. O Rojo acenou para a gente”, contou Miguel Oviedo, referindo-se ao zagueiro, autor do gol da vitória sobre a Nigéria, no último jogo da Argentina na primeira fase.

Oviedo veio de carro de Buenos Aires com dois amigos, os irmãos Pablo e Diego Castro. Foram dois dias de viagem para cumprir os 2.500 km que separam as duas cidades. “Paramos em Porto Alegre para dormir. De lá, seguimos viagem até aqui”, contou Oviedo.

Os três se revezavam na direção, em turnos de até 7 horas. Eles já garantiram ingresso para ver a Argentina enfrentar a Suíça. Caso o time passe para as quartas de final, os amigos pretendem seguir para Brasília, para apoiar o time nas quartas de final. “Mas para lá não temos ingressos. Teremos que conseguir ainda”, afirmou, esperançoso, o argentino.

Apesar do bom retrospecto da primeira fase, quando ganhou seus três jogos, os torcedores esperam confronto mais difícil contra a Suíça. “Não vai ser tão simples como contra Bósnia, Irã e Nigéria. Um a zero está bom”, afirma Damian Araoz, que foi apoiar o time acompanhado da filha Agostina.

Fonte: Portal da Copa