Putin denuncia chantagem do ocidente com sanções à Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou nesta terça-feira (1º/7) a chantagem e a prática de uma política unilateral do Ocidente de sanções contra a Rússia, contrárias ao direito internacional e à Carta da ONU.

Tropas russas na Ucrânia só em "extremo caso", diz Putin - RT

Putin afirmou durante um encontro com embaixadores e representantes especiais que as represálias adotadas contra seu país pelos Estados Unidos e a União Europeia (UE) não correspondem com o artigo 7 da Carta das Nações Unidas, e que são um instrumento da política unilateral.

Afirmou que é indignante o que fazem as autoridades estadunidenses para sabotar uma operação no âmbito da cooperação militar russo-francesa. Creio que somente possa provocar indignação também na Europa, expôs o governante russo em seu discurso.

Enfatizou que os norte-americanos exercem uma colossal pressão sobre a França para que não venda os navios Mistral à Rússia. Sabemos, sublinhou Putin, que se os sócios franceses cedem, lhes retirará gradualmente as sanções aos bancos, ou ao menos as minimizarão.

Além do setor bancário e financeiro, os Estados Unidos, com a cumplicidade de alguns governos europeus, lista outro pacote de sanções para golpear setores estratégicos da economia russa como o energético e a indústria de defesa.

A assessora do Departamento norte-americano de Estado para Europa e Eurásia, Victoria Nuland, assegurou em meados de junho que a Casa Branca conseguirá que Paris recue do contrato de venda desses navios à Rússia, assinado pelas partes em 2011, comentou a agência Itar-Tass.

Em relação ao papel ativo de Washington nos acontecimentos em torno da Rússia e Ucrânia, Putin advertiu que a Europa é usada por interesses alheios e se converte em refém de enfoques ideologizados e de pouco alcance.

Não obstante, o presidente russo elogiou os resultados na cooperação energética com companhias europeias em projetos de grande impacto para o continente como o gasoduto North Stream (Fluxo do Norte), para levar gás à Europa pelas profundidades do mar Báltico.

Putin manifestou que, considerando às adversidades e pressões, a construção do duto South Stream seguirá adiante.

Europa é um sócio econômico-comercial importante, daí o interesse em novas possibilidades para ampliar os negócios e abrir as perspectivas de investimentos mútuos sem barreiras no comércio, pontuou o chefe do Kremlin.

Fonte: Prensa Latina