Publicado 05/07/2014 10:16 | Editado 04/03/2020 16:26
A Pesquisa Datafolha divulgada na útlima quarta-feira (02) pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostrando leve crescimento da aprovação do Governo federal, bem como o aumento da intenção de votos para Dilma Rousseff na corrida presidencial de outubro, é um refresco considerável para a candidata que busca a reeleição. É claro que ainda estamos a exatos três meses do pleito e a campanha não começou oficialmente. De todo modo, em maio e até meados de junho, havia uma perspectiva desfavorável em relação aos índices da presidente quando do início dos jogos.
O risco girava em torno de como seriam as manifestações durante a Copa, e a possível exposição negativa a que o país estaria submetido internacionalmente. O verificado por ocasião da Copa das Confederações tendia a ser bem maior durante o campeonato mundial, até pelo tempo e a dimensão da cobertura. É bom lembrar que os protestos do ano passado fizeram despencar a popularidade de Dilma de forma arrasadora. Além disso, não era pequeno o número dos que se colocavam contra a Copa no Brasil. Tudo conspirava, portanto, contra o governo Dilma Rousseff.
É bem verdade, e não canso de repetir, que a atual gestão do PT enfrenta duras dificuldades. Mas mesmo aqueles críticos em relação a seu governo, sabem diferenciar o que seja picuinha política do que de fato interessa ao país. E nesse momento, o que vale é a Copa. Assim, os que se dizem conhecedores do povo e pensaram que poderiam desgastar a imagem do país com movimentos como o “Não vai ter Copa”, meteram os pés pelas mãos e estão amargando tremendo revés. Até mesmo as ofensas desferidas contra a presidente na abertura no Itaquerão, em São Paulo, se refletiram positivamente para Dilma, como revelou a pesquisa do Datafolha, com 76% não aprovando as grosserias.
O brasileiro, nesse sentido, e aqui não falo de nossa elite, dá exemplo ao mundo. O sucesso do evento, exaltado pela mídia estrangeira e os visitantes que vieram ao país, tem na figura do povo o elemento mais importante. Essa percepção deveria servir de lição para a nossa elite, tão afeita a aceitar o que vem de fora como superior. Se perceber como nação talvez seja uma boa lição a se tirar com a Copa no Brasil.
*Luiz Henrique Campos é jornalista
Fonte: O Povo
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