Chanceler alemã visita a China para promover cooperação bilateral
A chanceler alemã Angela Merkel discursou em Pequim, nesta terça-feira (8), numa palestra realizada na Universidade Tsinghua, salientando debates sobre um modo de desenvolvimento sustentável e a preocupação ambiental. O governo da China tem enfatizado a importância crescente das políticas pela redução da poluição e para o investimento em modos de produção sustentáveis, embora o tema seja frequentemente instrumentalizado pelas potências ocidentais para pressionar o as chamadas "emergentes".
Publicado 08/07/2014 09:49
Merkel apontou que um quarto da energia utilizada na Alemanha provém de fontes renováveis. Cada vez mais alemães não só prestam atenção para o preço e a marca dos produtos, mas também se o modo de produção é sustentável ou não.
Ela apontou que, sendo a China a segunda maior economia do mundo, o país exercerá influência sobre outros países através da suas decisões, e lembrou que o êxodo rural chinês é cada vez maior, acelerando a necessidade da preocupação com a urbanização, os serviços de saúde e a educação, pontos já salientados nas formulações políticas do governo chinês recentemente impulsionadas.
"O desafio da China pode ser resolvido pelo modo de desenvolvimento sustentável", disse a chanceler. "A Alemanha e a China podem cooperar neste setor, como no desenvolvimento de transporte e construção que permita a poupança energética."
Angela Merkel reconheceu que, sobre o tema de desenvolvimento sustentável, os países desenvolvidos devem assumir maiores responsabilidades, enquanto a participação dos países em desenvolvimento, como a China e a Índia, também é necessária. O assunto é ainda base de debates extensos devido ao seu emprego por diversas potências para pressionar os chamados "países emergentes", enquanto seu próprio modelo de produção continua sendo, há décadas, extremamente agressivos contra o ambiente.
A chanceler alemã visitou a China entre domingo (6) e terça-feira (8). Para a imprensa alemã, o relacionamento entre China e Alemanha tem "plena força motriz" para seu avanço, e a visita oficial de Merkel visa justamente preservar essa força.
Segundo um artigo divulgado pela Voz da Alemanha, nenhum chefe de Estado europeu encontra-se tão frequentemente com líderes chineses quanto Merkel. O vertiginoso desenvolvimento econômico da China beneficiou inúmeras empresas alemãs, sobretudo as automobilísticas e manufatureiras.
Para Sebastian Heilmann, responsável pelo Centro da China do Instituto Mercador, "a complementaridade existente entre China e Alemanha contribui para o rápido desenvolvimento da relação econômica bilateral." Como as empresas chinesas estão cada vez mais ativas no mercado europeu, a disputa entre países europeus pelo investimento chinês será, a cada dia, mais acirrada.
Com informações da Rádio China Internacional