Democratas demonstram temor de republicanos terem votos das minorias

Os democratas estadunidenses temem que a oposição republicana ao avançar em temas como a Lei da Saúde ou a reforma migratória, afete-os nas urnas em novembro próximo, destacaram nesta quinta-feira (10) os meios de comunicação do país.

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Essa percepção é abordada atualmente em diferentes análises de meios como The Hill, The New York Times e outros que tocam o confronto político caminho às eleições parciais deste ano.

Segundo o The Hill alguns dirigentes democratas estimam, inclusive, que a oposição à agenda do governo também tem uma motivação racial.

Em termos mais gerais, indica o jornal, os líderes do partido no governo sugerem que a crítica conservadora do Tea Party contra o presidente Barack Obama se baseia no fato de que ele é negro.

Ainda que os republicanos neguem essas acusações, inclusive o senador Tim Scott (Carolina do Sur), o único republicano afroamericano no Congresso, propõe que isso é desafortunado, e deveria ser uma vergonha, os democratas não o consideram assim.

A princípios deste ano, tanto o presidente do Comitê Democrata de Campanha Congressional Steve Israel (Nova York) como a líder da minoria Nancy Pelosi (D-Califórnia) sugeriram que a oposição republicana à reforma migratória foi parcialmente motivada pelo racismo.

O The Hill cita o senador Jay Rockefeller (democrata de West Virginia) que considera que alguns mantinham uma posição sobre o ObamaCare baseada na raça.

Também há apenas duas semanas, o representante Charles Rangel (D-Nova York), disse que o Tea Party se opôs a Obama devido a sua raça, sobretudo no relacionado com o Obamacare.

Análise insistem em que o problema racial está influenciando na posição que as minorias assumirão quando assistam às urnas em 4 de novembro.

O desenvolvimento das lutas entre os dois partidos para controlar ambas as câmaras do Congresso aumenta a importância do voto das minorias, setor que em eleições de metade de mandato participa pouco das eleições.

Também, estrategistas democratas como Taron Johnson, da Georgia, que trabalhou na campanha de Obama em 2012, opinam que seu partido, sobretudo no sul, precisava destacar os temas que são importantes para as minorias, em especial para os latinos e os negros.

Johnson alentou seus colegas de partido a falar sobre o tema da raça nestas eleições quando ainda o racismo está presente na economia, na inclusão e no sistema de justiça.

Alguns criadores de política explicam agora que se os hispanos, as minorias e as mulheres vão às urnas, os democratas poderiam obter um inesperado resultado favorável em novembro.

Fonte: Prensa Latina