O desastre do Mineirão resulta, também, da gestão do futebol pela CBF

José Reinaldo, editor do Portal Vermelho, em sua coluna “Ponto de Vista”, analisa os fatos que circundam a eliminação do Brasil na semifinal da Copa do Mundo. “A queda da Seleção brasileira perante a Alemanha não deve ser considerada uma tragédia nacional, nem ensejar ilações sobre a influência disto no desenvolvimento da vida política e social do país, especificamente sobre o desenrolar da disputa eleitoral”, disse.

Por Ramon de Castro, para a Rádio Vermelho

felipão cbf - Reprodução

“A aniquilação da Seleção e sua desqualificação do maior torneio mundial de futebol é fato que requer reflexão, a necessária retirada de ensinamentos e, mais importante do que tudo, a tomada de medidas para empreender mudanças, uma reforma estrutural no futebol brasileiro”, falou Reinaldo.

“Orientada por interesses outros que não os ligados à excelência do jogo nos gramados, a Seleção servia para tudo, mimos a craques transformados em ‘heróis’, exibição de tatuagens, de cortes e pinturas de cabelo, de anúncios de bebidas alcoólicas, grifes de vestuário, marcas de carros e instituições financeiras. Para cúmulo, a Seleção se tornou refém de um canal de TV, à qual o treinador e os jogadores pagavam vassalagem sob a forma de entrevistas ‘exclusivas’ a certo ‘jornal nacional’ no horário nobre da TV’”, contou o editor.

“O desastre do Mineirão é resultado também da gestão perigosa, aventureira, desidiosa e corrupta, do futebol pela CBF, entidade carcomida, transformada em feudo de dirigentes autoritários, negocistas e oportunistas, que fazem do esporte meio de enriquecimento próprio e de determinado veículo de comunicação monopolista e partícipe do botim”, abordou José. “O futebol, tal como outras instituições nacionais, precisa de uma reforma profunda”, concluiu.

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