Aula de literatura

 Por Francis Paula Correa Duarte

babilonia
Minhas cidades invisíveis são habitadas
pelas pessoas que vivem perdidas dentro de mim.
Questionam-se, debatem-se e constroem
os "edifícios-textos"… que insistem em chamar: poesia.
Quase um mistério… Quase um encanto…
Mas, na verdade, são válvulas de escape
para meus vocábulos tão pouco compreendidos.
E enquanto isso, sigo recolhendo, quem sabe,
o intangível de minhas dores
silenciosas e de forma transdisciplinar, literárias.
Esse "ver o mundo" como saber e poder
arranha os "edifícios-textos".
Mais… Além…
Devora as pessoas de minhas cidades invisíveis…
Seria o saber constituído?
Ou a incerteza do amanhã?
Academicamente: o que vale em nós?
Os "palavrórios" circundam as salas
e meus olhos já não veem…
Sentem apenas que da mesma forma
a história se faz, se refaz
e o tempo transforma a existência.
E minhas cidades invisíveis? Como ficam?
Preenchem-se com todo esse tornado e
sobretudo, resguardam-se na memória
assim como os "edifícios-textos" que insistem em chamar…
POESIA.