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Renato: "Propomos mais mudanças para nosso país”

No programa "Palavra do Presidente" desta quarta-feira (16), Renato Rabelo fala sobre o tratamento político, dado pela oposição, à Copa e à Petrobras, da importância da realização da reunião do Brics e ainda do apoio do PCdoB à reeleição da presidenta Dilma. "Estamos propondo para continuar as mudanças de nosso país”, disse ele, sobre as propostas de governo entregues à presidenta.

Da redação, Eliz Brandão para a Rádio Vermelho

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Passado o período da Copa do Mundo realizada no Brasil, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fala no programa da abordagem alarmista da oposição que insinuava a falta de competência política do governo Dilma em não conseguir preparar esse grande evento no Brasil. Para ele, a oposição tem tentando fabricar o descrédito ao governo Dilma, pois não apresenta seu projeto e tem procurado insistir em desacreditar o governo.

E eles não puderam deixar de reconhecer o sucesso da Copa, diz Renato. A derrota desastrosa do Brasil em campo, fez com que procurassem responsabilizar a derrota da seleção à presidenta da República e estão querendo que isso se reflita nos índices das pesquisas eleitorais.

“Isso é a prova de que tipo de luta política nós estamos inseridos, acho que eles tentam agudizar cada vez mais esses tipos de críticas à presidenta”. Renato dá exemplos destes alarmismos quando disseram que o Brasil viveria uma espécie de tormenta econômica.

E sobre o que fizeram com a Petrobras, afirmou Renato. “É uma campanha que se estende, até CPI implantaram.” Para desmascarar a oposição conservadora, o presidente do PCdoB comentou sobre a lista recente da Goldman Sachs que credita ao Brasil e, sobretudo a Petrobras, como investimento prioritário da região. O relatório colocou a estatal na lista de destaque do setor de energia na América Latina e manteve a recomendação classificada em compra. Esses ataques são sempre desmentidos, diz Renato.

Para  Renato, tudo isso passa a ter repercussão porque a grande mídia faz parte dessa campanha junto com as forças conservadoras e que não têm alternativas mesmo, porque só fazem demagogia. “Eles querem conter os investimentos sociais e ficam prometendo algo que vai exigir mais despesas, então você vê que tudo isso é puramente eleitoreiro e oportunista. Mas acho que o povo, durante a campanha vai reconhecer isso”, salientou.

“Nós estamos no início da campanha e ela tem essas características”, aponta o dirigente. "A presidenta Dilma é uma expressão da continuação das mudanças, por isso nós temos enfocado no papel que tem a presidenta Dilma e o apoio que o PCdoB tem dado porque nós sabemos que ela tem condições não só pelo que apresentou nestes quatro anos, mesmo com as dificuldades econômicas e de crescimento não só do Brasil, mas do mundo inteiro, de manter e até acrescentar os investimentos sociais, o que é uma exceção no mundo." É um governo que procura ter grandes realizações, diz.

A importância do Brics

O papel que o Brasil tem dado na política externa e na relação com os aliados estratégicos é relevante, como é o caso do Brics. A mídia deveria ter considerado uma questão central, mas tenta esconder o papel da presidenta da República, tratando do Brics sem enfocar o papel importante que o Brasil desempenhado. O grupo abre caminho para as mudanças no quadro internacional e na correlação de forças no mundo, abre caminho para uma nova ordem internacional. É um encontro histórico, ressalta Renato.

“Essa oposição tem muita desconfiança do Brics, pois está atreladaàs grandes potências. É uma tentativa de abrir caminho para uma nova ordem mundial e eles são contra. Como são contrários ao Mercosul, à Unasul, à Celac. A posição deles é sempre de aliança automática à Europa e aos Estados Unidos. Eles não tem outro modelo.”

Convenção e propostas de governo

O presidente nacional do PCdoB relembra que na Convenção Nacional do Partido, realizada em 27 de junho, em Brasília, foi entregue pessoalmente à presidenta Dilma o documento Ideias e Propostas do PCdoB ao Programa de Governo, intitulado “Avançar com mais mudanças e conquistas”.

Renato ressaltou alguns aspectos apresentados neste documento, como a Reforma Política e Reforma da Mídia, a democratização dos meios de comunicação e a reforma do sistema Judiciário. “São reformas fundamentais para a mudança do Estado brasileiro, para que sejam mais democrático, moderno, mais voltadas para os interesses da nação e do nosso povo.”

O dirigente comunista lembrou ainda que o PCdoB tem defendido há muito tempo essas reformas, mas que, segundo ele, nessa fase atual, as reformas estão na ordem do dia. “Agora nós temos que nos empenhar para um desenvolvimento mais acelerado.”

Nova etapa

Renato explicou que nessa nova etapa, percorridos esses mais de 10 anos de governos progressistas, é necessário empenho para que seja retomado um desenvolvimento mais acelerado, para isso, diz ele, “é necessário maior investimento e aumentar a produtividade da nossa economia”. 

Uma questão importante apontada por Renato, são os investimentos em infraestrutura logística em todo território nacional. Lembra que “começou no governo Lula e a presidenta Dilma deu continuidade”. Para ele, deve-se encaminhar os investimentos em estradas, ferrovias, portos, aeroportos e isso requer grandes somas, lembrou. “O caminho já foi dado pela presidenta Dilma que é a parceria público-privada. E isso vai aumentar a produtividade. Precisamos dar passos adiante”, explanou.

Mobilidade urbana, moradias, planos que enfrentem a questão de segurança pública, água, saneamento básico, entre outros, são pontos importantes tratados no documento entregue à presidenta, lembrou o dirigente. Sobre produção de energia, Renato explicou que o Brasil tem uma matriz energética bem diversificada e que é preciso investir e fortalecer o sistema energético.

“O nosso programa ofereceu propostas como estas para a presidenta. Porque só assim que a gente vai adiante. As mudanças e a continuidade delas são dessa maneira. Estamos propondo isso como novas exigências para continuar as mudanças de nosso país.”

Linha nacional

As convenções nos estados resultaram no Projeto nacional eleitoral do PCdoB. E o presidente da sigla explica, no programa de rádio, como se deu essas alianças nos estados.

Renato assinalou que o PCdoB, como um partido com projeção nacional, tem um único candidato à Presidência do Brasil que é Dilma Rousseff.

Na entrevista, Renato conta ainda como se deram as alianças locais e ressalta que diante da complexa situação política eleitoral nos estados, o PCdoB não teve maiores problemas. Para ele, o Partido foi uma força que contribuiu para constituir uma aliança em torno da candidatura Dilma.

No encerramento do programa, o presidente do PCdoB apresentou casos específicos como do Maranhão, de Goiás, do Rio Grande do Sul e do Norte. Confira a íntegra da reflexão do presidente nacional do PCdoB, abaixo: