Eleições no Haiti serão disputadas por mais de cem candidatos 

A conformação do Conselho Eleitoral Provisório, concluída nessa semana foi possível após ampla negociação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Em abril, o governo dos Estados Unidos havia advertido o Haiti de que poderia suspender a assistência destinada ao país devido ao atraso na realização das eleições, postergadas devido à falta de acordo entre partidos e à situação complicada em que se encontra o país, mesmo quatro anos após o terremoto que devastou a ilha.

“O objetivo das eleições de 2014 é possível com o esforço e a colaboração de todos os atores no Haiti”, afirmou o primeiro-ministro Laurent Lamothe em seu Twitter.

O comunicado divulgado pelo Ministério da Comunicação haitiano ressaltou que é necessária a aprovação de uma lei que estabeleça a formação, o funcionamento e o financiamento dos partidos políticos na nação caribenha.

O presidente do Conselho Europeu, Hernan Van Rompuy, anunciou que a União Europeia vai contribuir com US$ 6 milhões para a realização do pleito. 

Movimentos sociais

Organizações sociais haitianas denunciam a violação das liberdades individuais e dos direitos constitucionais ocorridos no país durante a gestão do presidente Michel Martelly.

De acordo com o senador haitiano Jean Charles Moise, do Partido Próximo do Povo (em tradução livre), “assassinatos seletivos de líderes sociais, presos políticos, fatos graves de corrupção são denunciados e creditados a esta administração”.


Fonte: Ópera Mundi