Mulheres negras debatem papel na sociedade e declaram apoio a Dilma

O Encontro deu continuidade efetiva na luta das mulheres negras, cujas diretrizes foram aprovadas no 1º Colóquio Internacional de Mulheres Negras na Geopolítica, realizado em 2008. As participantes debateram o papel da mulher negra na sociedade com ênfase na vida política por conta do ano eleitoral. Em nota, declararam apoio à presidenta Dilma, como já haviam feito nas eleições passadas.

“A presidenta representa a continuidade do Governo Lula, guarda profundas convicções progressistas, sensibilidade e determinação em combater, com os meios que dispõe, a desigualdade sociopolítica entre homens e mulheres”, afirma o documento.

O Encontro se propôs a avaliar as condições em que estão incorporadas e propor medidas para contribuir coma ascensão das mulheres, em especial as negras, nos espaços de poder para assim superar a sub-representação nos parlamentos, executivos e altas instâncias judiciárias.

As mulheres debateram ainda questões de políticas públicas de enfrentamento a violência, desigualdade salarial, mortalidade materna, inobservância de direitos sexuais e reprodutivos, tráfico de mulheres e escravidão sexual, dentre outros agravos decorrentes do patriarcado, do machismo e do racismo.

Durante o encontro as ativistas também ressaltaram as políticas sociais implementadas pelos governos Lula e Dilma que beneficiaram a vida dos brasileiros, em especial da população negra. Destacaram em nota os programas Bolsa Família e Minha Casa Minha vida, cujo cartão de cadastramento é feito em nome da mulher, elas acreditam que esta atitude influencia nas relações de gênero nos estratos mais pobres da população na medida em que fortalece as titulares dos benefícios livrando-as da dependência à que tradicionalmente são submetidas.

A Carta do Encontro pontua os motivos pelos quais as mulheres negras apoiam o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Entre eles estão a ampliação das políticas públicas e investimentos em educação e a implementação de políticas de trabalho descente voltadas às mulheres negras. No documento as mulheres ainda defendem a reforma política, universalização das creches públicas, Promoção de políticas públicas voltadas à qualificação das mulheres negras nas áreas de tecnologia de ponta e de produção científica estratégicas ao país, ampliação do combate à violência doméstica e mais.

Confira a Carta na íntegra em formato PDF.