EUA pretendem ampliar ataques no Iraque

A administração dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (8) que poderá lançar novos ataques aéreos adicionais no Iraque caso os grupos armados avancem no rumo de Bagdá, ampliando assim suas operações contra as unidades do governo local, conforme anunciou um porta-voz da Casa Branca.

Soldados de divisão aerotransportada dos EUA

"Estamos focados nos arredores da cidade de Erbil, capital da região do Curdistão, porque é ali de onde avançam as unidades do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), assinalou nesta sexta Ben Rhode, assessor de segurança nacional do presidente Barack Obama à cadeia de televisão MSNBC.

Rhodes insistiu que a missão no país árabe será limitada a "ajudar dezenas de milhares de refugiados" bloqueados em uma área montanhosa no noroeste do país, que fugiram dos extremistas islâmicos durante o fim de semana passado.

Porém, indicou que Obama poderá expandir as operações para mais além do que foi delineado nesta sexta, ao anunciar sua decisão de realizar ataques aéreos contra os bandos de rebeldes.

O porta-voz defendeu, além disso, a ideia de manter aberta a sede consular em Erbil e não evacuar os diplomatas e militares estadunidenses, porque "é preciso manter aberto o centro de operações conjuntas que mantemos ali com os curdos".

Após a decisão anunciada na quinta pelo chefe da Casa Branca para autorizar os bombardeios, na manhã desta sexta aviões F/A-18 lançaram bombas de 500 libras (226 quilogramas) guiadas por laser contra peças de artilharia autopropulsadas do EIIL em região próxima a Erbil.

A ordem de nível tático-operativo para realizar o ataque contra o lugar foi dada pelo chege do Comando Central (Centcom) das Forças Armadas dos EUA, general Lloyd J. Austin, sobre a base da permissão dada por Obama algumas horas antes.

De acordo com uma nota oficial do Pentágono, os aviões que realizaram o ataque decolaram do porta-aviões USS George H.W. Bush (CVN-77), que se encontra desde meados de junho no norte do golfo Pérsico e mantém a bordo cerca de 60 aviões de combate.

Além disso, três aeronaves de carga, um C-17 e dois C-130, escoltadas por dois F/A-18, lançaram conteineres de água e comida em paraquedas sobre a região que está sendo atacada pelos guerrilheiros.

O diário Stars and Stripes afirma nesta sexta que nos últimos meses o Pentágono realizou atividades de espionagem aéreas praticamente de forma ininterrupta sobre o Iraque, com o emprego de aviões controlados remotamente (drones).

Os Estados Unidos mantêm uma forte presença militar na área de responsabilidade do Centcom, que inclui a região do Oriente Médio, cujas forças e meios puderam ser utilizadas em ações posteriores no Iraque.

Segundo o Stars and Stripes, entre as instalações estratégicas do Pentágono na região estão a de Al Udeid no Catar, sede da 379 Ala Aérea Expedicionária (AAE), com mais de 90 aviões de combate; e a base de Ali al Salem, no Kuwait, onde está a 386 AAE, com meios de transporte aéreo tático, de exploração e apoyo.

Fonte: Prensa Latina