Curitiba: intransigência leva magistério para o segundo dia de greve

A greve dos professores municipais de Curitiba entrou no seu segundo dia nesta terça-feira (12). A categoria decidiu manter a paralisação por tempo indeterminado e realizam ato em frente à Câmara Municipal. Representantes terão audiência com vereadores para discutir uma saída que atenda as reivindicações dos trabalhadores.

Greve professores de Curitiba - Sismmac

Leia também:
Professores fazem greve por aumento e plano de carreira

Após reunião a administração na tarde de ontem (11), os trabalhadores decidiram manter a mobilização diante do impasse nas negociações. A decisão levou em consideração a intransigência da administração municipal, que se recusou a negociar qualquer redução no prazo de implantação do novo Plano de Carreira.

Segundo o secretário de governo do prefeito Gustavo Fruet, Ricardo Mac Donald, não há de onde tirar recursos para investir em educação. Entretanto, a comissão de negociação que representou o magistério na reunião apontou o investimento da atual gestão em obras, que dobrou de 2012 para 2015, e também em propaganda da própria administração municipal.

"Gasta-se mais em publicidade do que na formação de profissionais da educação", diz Wagner Argenton, professor e um dos diretores do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac).

Se os prazos previstos no projeto de lei forem mantidos como estão, o magistério pode ter que esperar até 27 meses para que o Plano de Carreira entre integralmente em vigor. Além da demora, a categoria também terá perdas com os valores que deixará de receber durante a implantação.

A categoria promete intensificar a paralisação e entregaram aos vereadores uma proposta de emenda ao projeto de lei de reformulação do Plano de Carreira, com as alterações reivindicadas pela categoria.

Fonte: Sindicato dos Professores de Curitiba