Anvisa proíbe venda de água mineral da Nestlé e recolhe Toddynho

Publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (15), resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a distribuição e a comercialização, em todo o território nacional, de lote da água mineral São Lourenço, produzida pela Nestlé.

Água Nestlé

De acordo com o texto, laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz identificou a presença da bactéria Pseudomonas aeruginosa acima do limite estabelecido na legislação sanitária no lote.

O Departamento de Química da Universidade de São Paulo (USP) afirma que a bactéria atinge principalmente os pulmões de pessoas que apresentam imunidade baixa e resiste à antibióticos.

Privatizar a água

O empresário austríaco Peter Brabeck-Letmathe, presidente do grupo Nestlé, defende que é necessário privatizar o fornecimento da água para que as pessoas deem valor ao bem. Na verdade, o interesse de Peter é lucrar ainda mais com o engarrafamento de água.

A Nestlé, que é líder mundial na venda de água engarrafada, ainda não se pronunciou sobre a resolução da Anvisa. O setor representa 8% do capital da Nestlé, que em 2011 totalizaram aproximadamente 68,5 bilhões de euros.

Toddynho contaminado

A Anvisa também está de olho da fábrica da PepsiCo, que produz o achocolatado Toddynho. A agência solicitou à vigilância sanitária de São Paulo que seja feita uma inspeção na fábrica, em Guarulhos, onde é produzido o achocolatado. Isso porque pelo 9 mil unidade do produto estão impróprios para o consumo.

Nesta quinta-feira (13), o órgão se reuniu com representantes da empresa para avaliar o recolhimento do produto. Durante o encontro, foram apresentadas as medidas adotadas pelo fabricante para retirar o produto do mercado e informar aos consumidores que o lote L15 51 23:04 a 23:46 (distribuído no Rio Grande do Sul) não deve ser consumido.

“De acordo com a avaliação laboratorial feita pelo controle de qualidade da empresa, houve uma falha na vedação da conexão entre dois tubos, que provocou a contaminação do produto por Bacillus cereus. Essa bactéria está presente no meio ambiente, mas, quando presente em alimentos, pode levar a quadros de vômitos, náuseas e diarreia”, informou a Anvisa.

Segundo a agência, a inspeção na fábrica e a análise da documentação apresentada pelo fabricante serão importantes para definir se há necessidade de alguma ação complementar.

A recomendação é que quem tiver comprado um produto do lote do recall deve entrar em contato com a empresa para pedir a troca ou o reembolso do produto. A solicitação pode ser feita gratuitamente. Para isso, o consumidor deve ligar para o telefone 0800 703 2222, das 8 às 20 horas, ou enviar um e-mail para [email protected].

Em casos de dúvidas, os consumidores podem entrar em contato com a Anvisa por meio da Central de Atendimento: 0800 642 9782.

Fonte: Agência Brasil