Embratur discute atração de eventos para o Brasil
A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) prossegue nesta sexta-feira (15) com discussão sobre Brasil Destino de Eventos no 2º Seminário MICE (Meetings, Incentives, Congress & Events), aberto ontem (14), na sede da Embratur, em Brasília (DF). Na abertura do evento, o presidente da Embratur, Vicente Neto, destacou a importância da atração de eventos para o País, o que contribui para dinamizar a movimentação turística nos destinos brasileiros durante os 12 meses do ano.
Publicado 15/08/2014 10:54

“O Brasil já está de olhos abertos para estas oportunidades há alguns anos e já colhemos frutos desses esforços conjuntos entre setor público e iniciativa privada”, destacou. Segundo ele, o seminário tem o objetivo de buscar novos caminhos para que o turismo de Negócios & Eventos contribua ainda mais para a atração de turistas e divisas.
O presidente também anunciou a segunda edição da “Pesquisa de Impacto Econômico dos Eventos Internacionais Realizados no Brasil”, realizada em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas). O estudo trará dados coletados com participantes de 16 convenções estrangeiras que aconteceram nas cinco regiões do País.
“Será uma oportunidade de atualizar nossos conhecimentos a cerca deste segmento tão importante para o turismo e poderemos avançar ainda mais em ações efetivas durante as ações de Captação e Promoção de eventos internacionais”, defendeu Vicente.
Panorama do Brasil
Para a plateia, composta por representantes das secretarias estaduais e municipais de turismo, centros de convenções e organizadores de eventos, Vicente também apresentou um breve panorama do Brasil como sede de eventos.
“Desde 2006, estamos no ranking dos 10 países que mais sediam eventos internacionais. Em dez anos, os congressos e convenções de negócios realizados no Brasil aumentaram 408%”. Conforme dados da ICCA (Internacional Congress and Convention Association), entre 2003 e 2013 o total de eventos estrangeiros no Brasil subiu de 62 para 315.
Vicente também destacou a descentralização do Brasil como destino de eventos. “Passamos de 22 para 54 cidades, resultado da política de descentralização na captação de eventos internacionais. Esta é uma contribuição de turismo para ajudar a gerar emprego e renda, contribuir com divisas nas diversas regiões, e assim ajudar na diminuição das desigualdades regionais”.
Ainda sobre o panorama do segmento no Brasil, o presidente da Embratur lembrou da melhoria na infraestrutura do País nos últimos anos, com a construção de arenas multiuso por ocasião da Copa do Mundo, e de novos centros de convenções.
“Crescemos em capacidade hoteleira, em espaços para a realização dos eventos e também avançamos na qualificação da mão de obra. Precisamos avançar também nas iniciativas de captação das convenções”, finalizou.
Envolvimento maior
De acordo com o presidente da ICCA (Internacional Congress and Convention Association), Arnaldo Nardone, que participou do evento, o Brasil é extremamente exitoso na realização de eventos e na promoção dos seus destinos turísticos, mas é necessário um envolvimento maior de todos os atores da cadeia produtiva, investimento no capital intelectual, profissionais mais qualificados e maior interação entre os setores público e privado.
“Para buscar maior crescimento no mercado, o Brasil deve apostar em encontros regionais, trocar experiências com os países latinos, reposicionar a imagem do continente, não só com publicidade, mas principalmente com gestão profissional”, afirmou Nardone.
“Com a realização da Copa do Mundo de 2014 e a organização dos Jogos Olímpicos de 2016, aumenta-se a visibilidade do Brasil em receber grandes eventos. A partir de agora, o País trabalha para mostrar a capacidade e a competência em captar, promover e realizar os congressos e convenções”, disse o presidente da ICCA.
Da Redação em Brasília
Com informações da Embratur