Urariano Mota fala sobre a morte de Eduardo Campos

O escritor e jornalista pernambucano Urariano Mota, em sua coluna “Prosa, Poesia e Política” fala sobre a tragédia que vitimou o presidenciável do PSB, Eduardo Campos. “Neto de Miguel Arraes, presidente do PSB, ele era um predestinado – se assim entendemos a tendência dos laços da história e familiares da sua vida”, falou.

Por Ramon de Castro, para a Rádio Vermelho

eduardo campos miguel arraes - Reprodução

“Mais de uma pessoa já observou que Eduardo Campos morre no mesmo dia 13 de agosto do avô, Miguel Arraes. Mas as semelhanças talvez terminem aí. A começar do próprio momento da sua morte. Com ele não acontecem os obituários prévios, como houve na morte do avô Arraes, depois de uma longa agonia. Em 13 de agosto de 2005, foi aberrante o descompasso na imprensa brasileira entre a grandeza do homem que partia e os necrológios publicados”, lembrou Urariano.

“Assim como o avô, ao lado de quem será enterrado, ele (Eduardo Campos) gerou também desgostos, inimizades e queixas no interior da própria esquerda brasileira. Mas não é justo lembrar isso agora”, disse o escritor. “Fiquemos então com o Eduardo Campos antes da tragédia. Fiquemos com o governador de Pernambuco que deu um tempo novo a um estado que atravessava uma decadência sem fim, a rugir como um leão desdentado. Que em vez de Leão do Norte vinha sendo um leão sem norte. Fiquemos com o Eduardo Campos que poderia ter sido o que Miguel Arraes não foi: o presidente da República em um país mais justo e fraterno”, completou.

Ouça a coluna na íntegra na Rádio Vermelho: