Bipartidarismo espanhol se degrada, a um ano das eleições

A queda do nível de vida da população, cuja maior expressão é o alto desemprego, conjugada com casos de corrupção, afeta por igual os partidos Popular (PP), direitista, e o Socialista Operário espanhol (PSOE), de cunho social-democrata, que têm governado nas últimas décadas.

O alerta aconteceu nas eleições ao Parlamento Europeu de 25 de maio, com resultados que, aplicados às eleições gerais, deixaria esses dois partidos com menos do 50% do Congresso, em que hoje representam ao redor do 90%.

Segundo a pesquisa do grupo Sigma Duas difundida hoje, a tendência mantém-se e fixa a perda de votos para ambos os partidos em mais de 20 pontos em conjunto, em relação com as eleições gerais de 2011.

A investigação não dá muita margem à esperança de recuperação do PSOE com a recente renovação de liderança, dada pela eleição do jovem economista Pedro Sánchez como secretário-geral em lugar de Alfredo Pérez Rubalcaba.

A pesquisa outorga ao PP 30,1% da intenção do voto, que em 2011 foi de 44,6%, 14 pontos abaixo e mais de três pontos a menos que na pesquisa da mesma instituição realizada no princípio do ano.

Ao PSOE a investigação atribui-lhe 22,3% de um 28,8% atingido nas anteriores eleições gerais e em terceiro lugar localiza-se o Podemos, com 21,2% dos votos.

De acordo com o informe, essa força criada faz apena sete meses, é a surpresa da pesquisa ao localizar-se em terceiro lugar.

Segundo a sondagem elaborada para o diário conservador O Mundo, a Esquerda Unida, atualmente terceiro partido por votação, teria só o 4,1% de intenção do voto, em frente ao 6,9% de 2011, resultado que contradiz todas as pesquisas anteriores.

O estudo coloca inclusive à organização de direita União, Progresso e Democracia, com 5,6% da intenção de voto, acima da IU, um partido que nesta semana defendeu a participação ativa nos processos de convergência da esquerda, como propõem setores dessa tendência.

Fonte: Prensa Latina