Cristina Kirchner anuncia aumento de 31% do salário mínimo

De acordo com a presidenta Cristina Kirchner, agora a Argentina tem o salário mínimo mais alto da América Latina. O Conselho do Salário estipulou um aumento de 31% que já entra em vigor a partir desta terça-feira (2).

Reunião do Ministério do Trabalho na Argentina - Presidência da Argentina

Segundo o acordo do Conselho, o salário irá subir em duas fases. Nesta primeira, o trabalhador argentino passa a receber 4400 pesos, o equivalente a 524 dólares. A partir de janeiro de 2015 haverá um novo aumento e passa a ser de 4716 pesos, o que significa 561 dólares. Até então o salário era de 600 pesos. O Imposto de Renda só é cobrado de quem recebe mais de 15 mil pesos.

O Conselho chegou a essa conclusão na noite desta segunda-feira (1), depois de árduas negociações com os empresários e os sindicatos. O encontro foi realizado no Ministério do Trabalho e encabeçado pelo ministro Carlos Tomada.

Ao comentar sobre essa decisão a presidenta destacou que foi a “mais importante de toda a região latino-americana, em termos nominais e na paridade de poder aquisitivo”.

Ela afirmou ainda, ao término da reunião do Conselho do Salário, que com este aumento o salário mínimo da Argentina cresceu 2.389% desde junho de 2003, tempo de toda a gestão Kirchner.

A presidenta comparou o aumento do salário mínimo nos últimos anos com outras variáveis econômicas, “nem a inflação, nem nenhum produto ou serviço aumentou 2.389%”, afirmou. Ela ainda destacou os avanços em relação à cobertura para os aposentados. Há pouco mais de uma semana o Congresso aprovou um projeto enviado pelo Executivo para amparar 500 mil aposentados que não puderam contribuir durante os anos de trabalho.

Na noite desta segunda-feira (1), Cristina Kirchner também anunciou medidas, desde a Casa Rosada, que vão fortalecer o programa de inclusão ao tratamento de vícios através da Secretaria de Programação para a Prevenção da Toxicodependência e a Luta contra o Narcotráfico (Sedronar).

Neste ato a presidenta afirmou que a pobreza há de ser tratada “não como um fenômeno que nasce depois da chuva como fungos, mas sim de profundas desigualdades e injustiças na distribuição de renda”. Como parte das medidas, também foram criados 24 centros dirigidos por sacerdotes e casas educativas e terapêuticas.

Fonte: Prensa Latina