Brasil prepara infraestrutura e atletas para os Jogos Rio 2016

Em 2016, turistas e delegações de todo o mundo virão ao Brasil para viver as emoções das duas maiores competições esportivas do planeta, os Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos. Os desafios para organizar eventos de tamanha magnitude são enormes e passam pela construção ou reforma das diversas instalações onde são disputadas as medalhas e pela preparação dos atletas brasileiros.

Aldo Rebelo

“No Rio de Janeiro, a Região Deodoro, onde ocorrerá uma parte das competições, mais de 60% das obras já estão prontas. Estamos levantando os edifícios da Vila Olímpica e do Parque Olímpico, em Jacarepaguá. Então, nós temos tudo já em obras e com o calendário mantido com uma atenção muito grande para que não haja atrasos nos prazos que nós assumimos com o Comitê Olímpico Internacional”, disse o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Os Jogos do Rio 2016 terão quatro regiões de competição: a Região Deodoro, a Região Barra, a Região Copacabana e a Região Maracanã. No Rio de Janeiro, as quatro regiões têm um total de 31 instalações esportivas. Muitas foram, ou serão erguidas com recursos do governo federal. Algumas já estão prontas. Sediaram competições nos Jogos Pan-Americanos de 2007 e, por isso, passarão apenas por reformas. E as partidas de futebol, serão disputadas em Salvador, Brasília, Belo Horizonte e São Paulo, além do Rio de Janeiro.

“Nós estamos trabalhando num esforço comum e de grande cooperação para que tenhamos a Vila Olímpica e o Parque Olímpico prontos para receber as delegações dos atletas de mais de 200 países, em quase 30 modalidades para a grande festa do esporte mundial que acontecerá no Brasil em 2016”, explicou o ministro.

Preparação de atletas

“O governo federal investe no Plano Brasil Medalhas, que destina R$ 1 bilhão até o ano de 2016 para a distribuição de milhares de bolsas aos nossos atletas e para-atletas e também aos preparadores físicos, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, para que o Brasil possa chegar pelo menos à 5ª colocação nas Paralimpíadas 2016 e chegar pelo menos até a 10ª colocação nas Olimpíadas”, afirmou Aldo Rebelo. “Esse é o nosso desafio. Temos que ter uma posição no quadro de medalhas e organizar as melhores olimpíadas de todos os tempos”, afirmou.

Com o Plano Brasil Medalhas, o governo federal destinará recursos às 21 modalidades olímpicas e 15 paraolímpicas. As modalidades olímpicas selecionadas são: águas abertas, atletismo, basquetebol, boxe, canoagem, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica artística, handebol, hipismo, judô, lutas, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tênis, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia.

As paraolímpicas são: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeiras de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa e voleibol sentado.

O plano vai investir no apoio ao atleta de alto rendimento por meio de bolsas para o pagamento de técnicos, preparadores físicos e nutricionistas, além de recursos para a implantação de 22 centros de treinamento, sendo um deles paraolímpico, para várias modalidades.

Bolsa Atleta

“O patrocínio geralmente aparece quando o atleta já se torna uma quase celebridade e traz retorno para o patrocinador. Para o atleta iniciante (aquele que ainda é uma aposta), principalmente, das categorias em formação, juvenis, o patrocínio é muito difícil. Neste caso, o papel do governo é fundamental, pois não ajuda apenas o atleta com a bolsa, mas também adquire equipamentos e materiais de uso contínuo pelo atleta”, disse Aldo Rebelo.

Em vigor desde 2005, o programa Bolsa Atleta já pagou mais de 43 mil bolsas e atende aos esportistas em quatro categorias: estudantil, nacional, internacional, olímpica e paraolímpica. Por meio dele, os atletas recebem uma contribuição mensal, que varia de acordo com os resultados obtidos nas competições, que possibilita que se dediquem à carreira esportiva.

Em contrapartida, o beneficiado deve cumprir pré-requisitos, como estar matriculado em instituições de ensino, participar de competições, ter vínculo com entidades esportivas e comprovar participação em treinamentos. Os beneficiados recebem a ajuda durante um ano, em depósito mensal na conta do atleta na Caixa Econômica Federal. Desde 2012, é permitido que o candidato tenha outros patrocínios, para que possam contar com mais uma fonte de recurso para suas atividades.

“Nós já temos mais de sete mil bolsas distribuídas entre atletas de vários níveis, há o atleta escolar, o nacional, o internacional e o atleta Pódio, que é aquele que alcança na classificação mundial na sua modalidade pelo menos até a 20ª colocação. Para esses esportistas pagamos bolsas de até R$ 15 mil e também o atendimento técnico”, explicou o ministro. Na nova modalidade criada, a Bolsa Pódio, serão investidos R$ 690 milhões até 2016.

Para os atletas paraolímpicos, o governo federal tem mais de 1,5 mil bolsas distribuídas, também em várias modalidades. “Isso é parte do esforço do governo federal em atender e em assistir os nossos atletas e para-atletas, não apenas para as Olimpíadas, mas para as demais competições de alto rendimento”, completou Aldo Rebelo.

Segundo o ministro, as modalidades não-olímpicas também recebem incentivos, porque o objetivo do governo é fortalecer e prestigiar a prática do esporte e nem todas as modalidades estão contempladas dentro do cronograma olímpico.

Além de todos esses benefícios, o governo federal está construindo 263 centros de iniciação para o esporte, em mais de 260 municípios do Brasil. “São centros que vaõ acolher treze modalidades esportivas. Terão quadras com piso oficial, com tamanho oficial, para basquete, vôlei, handebol, áreas destinadas também à prática de judô, esgrima, uma minipista de atletismo e, esses centros, que já têm recursos do Ministério do Esporte para serem construídos, constituem a antecipação do legado olímpico que o governo federal vai entregar até o fim de 2015”, concluiu o ministro.

Fonte: Boletim de campanha Dilma Rousseff