Para China, combate ao terrorismo não pode violar soberania nacional

A China insiste em que é necessário considerar e respeitar a soberania dos países em qualquer ação e medida antiterrorista

Estado Islâmico do Iraque e do Levante - Vídeo / Russia Today

Assim respondeu o enviado especial para Assuntos do Oriente Médio, Gong Xiaosheng, em Beirute, capital libanesa, a uma pergunta dos jornalistas sobre os possíveis ataques aéreos dos Estados Unidos contra as posições da milícia Estado Islâmico (EI) no território sírio, sem o consentimento do governo de Damasco.

Pequim, explicou Gong, pensa que as nações do Oriente Médio são as verdadeiras donas da região e é obrigação da comunidade internacional respeitar a soberania destes povos e suas decisões para acabar os conflitos da região.

Meu país não tem dúvidas de que se deve combater o terrorismo, enfatizou o diplomata chinês, sublinhando em seguida que é necessário levar a cabo estudos e investigações profundas sobre a raiz do terrorismo.

O emissário chinês qualificou de complicada a atual situação que vive o Oriente Médio e instou a comunidade internacional a esclarecer sua postura sobre este quebra-cabeças.

Os Estados Unidos alegam que com a ajuda de certos países ocidentais e regionais pretendem formar una aliança antiterrorista para lutar contra o grupo terrorista EI na Síria e no Iraque.

O plano de Washington inclui bombardeios contra o EI no território sírio e a intensificação dos ataques aéreos contra esta milícia no Iraque. Contudo, o plano provocou a forte ira do governo sírio que anunciou que qualquer ação militar em seu solo sem seu consentimento será considerada um ato de agressão contra sua soberania.

O enviado especial da China para Assuntos do Oriente Médio chegou na noite de quinta-feira (18) a Beirute, no marco de seu giro pela região. Horas depois se reuniu com o chanceler libanês, Gibran Bassil, para tratar temas bilaterais e regionais.

Hispan TV