Vários detidos em novos protestos em Ferguson, EUA
Várias pessoas foram detidas durante novos protestos na cidade estadunidense de Ferguson, Missouri, um mês e meio após o assassinato a tiros de um jovem negro por um policial branco, que ainda continua em liberdade. Os manifestantes participavam em um ato nessa quinta-feira (25) no subúrbio do condado de San Louis, pouco depois de que o chefe da polícia de Ferguson, Thomas Jackson, pediu desculpas pela primeira vez pelo ocorrido.
Publicado 27/09/2014 13:04

"Quero dizer isto à família Brown", expressou Jackson ao se dirigir aos pais do rapaz com um " sinto-me muito triste pela perda de seu filho", segundo destacam meios de imprensa. Benjamin Crump, advogado da família Brown, recusou-se a fazer comentários ao respeito.
Os moradores desse município pediram a demissão de Jackson pela forma como manejou os protestos acontecidos durante mais de duas semanas após o assassinato de Brown.
A polícia, fortemente militarizada, captou a atenção nacional quando atacou os manifestantes com equipamentos anti-choque.
Tanto o chefe da polícia como outros funcionários foram processados por um grupo de vítimas que alegaram violações dos direitos civis ao sofrer detenções arbitrárias e agressões dos agentes com balas de borracha e gases lacrimogêneos.
Relembre o caso
Brown foi baleado em plena rua e às claras no último 9 de agosto por Darren Wilson, que até agora somente foi suspenso das funções.
O corpo do garoto de apenas 18 anos permaneceu jogado na rua durante várias horas, um fato que alimentou a indignação na comunidade, onde prometem continuar as jornadas de protestos até que se esclareça o que consideram ter sido um crime injustificado.
Enquanto isso, um grande júri no condado de San Louis examina o caso, assim como o Departamento de Justiça.
Na terça-feira (23) também aconteceu outra manifestação que deixou cinco detidos e o informe de lesões leves.
Ferguson, uma comunidade majoritariamente afro-americana, é o símbolo mais recente do racismo que ainda persiste na sociedade estadunidense.
Fonte: Prensa Latina