Presidente russo ratifica interesse em vínculos com a América Latina
O presidente Vladimir Putin assegurou nesta quinta-feira (2), ao pronunciar-se no fórum "Rússia chama", que a América Latina é uma prioridade para seu país dentro da estratégia de continuar ampliando e diversificando as relações exteriores.
Publicado 02/10/2014 16:04

“Está entre as prioridades aprofundar a cooperação no âmbito dos negócios, comércio, investimentos e tecnologias com os países da América Latina, Ásia-Pacífico e nossos sócios do grupo BRICS, inclusive China e Índia”, afirmou o estadista.
Putin informou que está a ponto de concluir a adesão da Armênia e do Quirguistão à União Econômica Eurasiática (UEE) e expressou a convicção de que o número de membros desta estrutura regional continuará crescendo.
“Moscou desejaria que a UEE estabelecesse estreitas relações com outras estruturas de integração, tanto na Europa como na Ásia”, acrescentou o presidente.
O chefe do Kremlin opinou que a interação tornaria mais estável a economia global e sublinhou que é especialmente importante dialogar com a União Europeia (UE), principal sócio comercial da Federação da Rússia, segundo expressou.
Com respeito à UE, esclareceu que Moscou não prevê limitar as relações com este bloco apesar de estar em fase de ampliação da colaboração com a Ásia e a América Latina.
Indicou que a maior parte do comércio exterior da Rússia -cerca de 430 bilhões de dólares- corresponde aos países da UE. É a realidade que existe hoje. Mas devemos olhar para o futuro, sublinhou.
Um pacote de sanções setoriais contra a Rússia foi posto em prática pelos Estados Unidos, e o Velho Continente uniu-se a essas medidas sob pressões de Washington por conta da crise na Ucrânia, a qual o Ocidente atribui participação russa.
Essas represálias estendem-se ao setor petroleiro e de defesa, além de restringir o financiamento a médio e longo prazo para vários bancos russos com participação pública e negar o visto a um grupo de servidores públicos estatais e empresários, cujos ativos em território europeu foram congelados.
Um novo pacote de restrições contra o fornecimento e reexportação de bens e serviços (exceto os financeiros) foi aprovado no dia 12 de setembro pelos Estados Unidos e seus sócios europeus.
As novas sanções vetam a venda de tecnologia para os projetos de exploração e extração de petróleo em águas profundas, em mares árticos e para projetos de extração de xisto betuminoso para as corporações russas Rosneft, Gazprom, Gazprom Neft, Lukoil e Surgutneftergaz.
Fonte: Prensa Latina