Diário do Povo: Protestos ilegais desafiam poder em Hong Kong
As manifestações ilegais do movimento Ocupação do Centro em Hong Kong visam desafiar o supremo órgão de poder da China e os direitos democráticos dos cidadãos na cidade, e estão condenadas ao fracasso, diz um comentário publicado nesta sexta-feira (3) pelo Diário do Povo, jornal do Partido Comunista da China (PCCh).
Publicado 03/10/2014 18:50

Durante diversos dias, algumas pessoas têm organizado protestos em Hong Kong em busca do chamado "sufrágio universal real".
Essas pessoas tentam forçar as autoridades centrais a mudar a decisão tomada pelo Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), o mais alto órgão legislativo da China, sobre o sistema eleitoral de Hong Kong. Tais ações violam precariamente a Lei Básica de Hong Kong e o princípio do Estado de Direito, segundo o comentário.
"Não há espaço para as concessões nos assuntos de princípios importantes", assinala o artigo.
A decisão tomada em 31 de agosto outorga o sufrágio universal na seleção do Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong com base em uma nominação por parte de um comitê "amplamente representante".
A decisão possui um status legal e uma autoridade indisputáveis. É "uma escolha certa e única" para proteger a decisão, diz o comentário.
A decisão da APN concorda com a política de "um país, dois sistemas" e com a Lei Básica, e atendeu plenamente as opiniões de todos os círculos sociais de Hong Kong, indicou.
O propósito central dos instigadores das atividades ilegais é assegurar que seus representantes, incluindo aqueles que desafiam as autoridades centrais, possam tornar-se candidatos do chefe do executivo de Hong Kong, assinala o comentário, acrescentando que "tal demanda não é legal nem razoável".
Como uma das regiões administrativas locais da China, Hong Kong está diretamente sob a jurisdição do governo central e não é um estado nem uma entidade política independente, destacou o comentário.
Uma vez que a opinião pública for sequestrada por uma minoria, não será conducente à implementação da política de "Um País, Dois Sistemas", a prosperidade de Hong Kong de longo prazo e a estabilidade da cidade, nem a realização do direito universal de voto, advertiu o artigo.
Fonte: Xinhua