França recusa eventual ingerência de Bruxelas em seu orçamento
O ministro de Finanças da França, Michel Sapin, expressou neste domingo (5) sua rejeição a que a Comissão Europeia faça mudanças no orçamento do Estado francês correspondente a 2015.
Publicado 06/10/2014 09:55

O governo de Paris tinha recebido em 2013 um prazo de dois anos para levar seu déficit público a menos de 3% do Produto Interno Bruto, mas essa meta será inalcançável, o que lhe expõe a sofrer uma multa e deixar suas contas sob a supervisão de Bruxelas.
No projeto de despesas e rendimentos do Estado para 2015, que esta semana será discutido na Assembleia Nacional, se estabelece um desequilíbrio financeiro de 4,3 pontos, superior às exigências europeias.
Segundo estabelece o Pacto de Austeridade assinado em 2012, uma vez que o parlamento aprove o orçamento deve ser enviado à Comissão Europeia, onde pode ser recusado ou modificado.
Neste domingo Sapin disse estar em desacordo ante esta eventualidade e agregou que o tema será discutido no momento oportuno.
"A França respeita suas responsabilidades, mas a União Europeia também deve assumir as suas e adaptar sua política à situação econômica de hoje", assegurou.
De acordo com o Ministro, se uns e outros não fazem nada para impulsionar o crescimento, se corre o risco de um longo período de estancamento econômico.
Se Bruxelas não conceder um novo prazo, a França se converteria no primeiro país a sofrer as sanções previstas no pacto impulsionado pelo ex-presidente Nicolás Sarkozy (2007-2012) e a chanceler alemã, Ángela Merkel.
Fonte: Prensa Latina