População do leste rejeita a demarcação de novas fronteiras na Ucrânia

Representantes da República Popular de Donetsk (RPD) rejeitaram a proposta do presidente ucraniano, Piotr Poroshenko, para modificar os limites da região de Lugansk.

ucrania confronto odessa - Agência Efe

Deputados ligados a Poroshenko apresentaram frações dos projetos aludindo a uma nova definição dos limites de Lugansk e que foram chamados de “estabelecimento da ordem na região”, em algumas áreas controladas pela República Popular da Lugansk (RPL).

A iniciativa, segundo o vice-premier da RPD, Andrei Purguin, é considerada como um lance articulado por atores externos a política ucraniana.

“A proposta de alteração dos limites, idealizada por Poroshenko, não possui nenhuma conexão com a realidade e é inviável na prática”, disse Purguin. Para o líder, esses atos jurídicos na prática não vão funcionar.

As regiões Donetsk e Lugansk não reconhecem as autoridades estabelecidas em Kiev, após o golpe de Estado ocorrido em fevereiro deste ano.

As autoridades destes territórios já anunciaram que não vão participar nas eleições gerais antecipadas para o dia 26 de outubro, que, na opinião dos líderes rebeldes, procuram legitimar os eventos associados com o regime turbulento na Ucrânia.

Em referendos realizados em maio deste ano, a maioria dos habitantes de Donetsk e Lugansk apoiou a proclamação da soberania das repúblicas. Purguin lembrou que as regiões rebeldes organizarão suas próprias eleições em novembro.

Apesar da trégua, acordada em reuniões realizadas em Minsk, capital da Bielorrússia, entre os dias 5 e 20 de setembro, Kiev continua com artilharia pesada nos bairros de Donetsk.

O Ministério do Interior informou, nesta terça-feira (7), que pelo menos pessoas 17 morreram, incluindo civis, após novos ataques a áreas residenciais em Kiev, Kuibyshevo e Kalinin, a capital regional.




Da redação do Vermelho,
com informações da Prensa Latina